Igreja/Estado: Santa Sé quer «promover a dignidade humana, proteger os vulneráveis ​​e construir pontes», afirmou secretário de Estado do Vaticano, na ONU

Cardeal Pietro Parolin explicou que o Papa Leão XIV «convida a abraçar uma diplomacia do encontro»

Foto: Vatican News

Nova Iorque, Estado Unidos da América, 20 mai 2025 (Ecclesia) – O secretário de Estado do Vaticano afirmou o compromisso da Santa Sé em promover “paz e justiça” num mundo “marcado por divisões, conflitos e problemas globais urgentes”, esta segunda-feira, na Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque (EUA).

“Que possamos, juntos, responder ao apelo do Santo Padre e tornarmo-nos aqueles que semeiam a paz que durará na história, não aqueles que provocam vítimas”, disse o cardeal Pietro Parolin, citando um discurso de Leão XIV, no encontro na ONU realizado por ocasião da eleição do novo Papa, informa o ‘Vatican News’.

O secretário de Estado do Vaticano destacou que o Papa Leão XIV convida a abraçar “uma diplomacia do encontro”, e realçou que a Santa Sé, sob a liderança do novo pontífice, está comprometida em trabalhar ao lado de representantes das nações “para promover a dignidade humana, proteger os vulneráveis ​​e construir pontes onde a desconfiança pode prevalecer”.

Segundo o cardeal Pietro Parolin, num mundo “marcado por divisões, conflitos e problemas globais urgentes – por mudanças climáticas, migração e inteligência artificial”, o novo Papa “convida a abraçar uma diplomacia do encontro”, uma diplomacia “que escuta com humildade, age com compaixão e busca o bem comum acima de tudo”.

Este encontro na ONU, em Nova Iorque, foi organizado pelo observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, D. Gabriele Caccia, no âmbito da eleição do novo Papa, escolhido no Conclave 2025, no dia 8 de maio.

“A Santa Sé reafirma seu apoio total à missão das Nações Unidas, um fórum onde os Estados se comprometam com o diálogo, fazendo ouvir as vozes de seus povos, e onde são forjadas as soluções para os maiores desafios da humanidade.”

O secretário de Estado do Vaticano explicou que a escolha de um novo Papa é uma oportunidade de “renovação, não apenas para os católicos, mas para todos aqueles que buscam um mundo com mais justiça, solidariedade e paz”.

Segundo o colaborador do Papa, esperam que a Santa Sé e os representantes das nações possam caminhar “juntos, inspirados pela esperança e visão do Papa Leão”, que nos primeiros dias “como Sucessor de Pedro, expressou seu profundo compromisso com a construção de pontes, enfatizando a necessidade de se encontrar, dialogar e negociar”.

D. Pietro Parolin reconheceu o papel dos diplomatas e representantes dos países em “tecer o tecido da cooperação internacional” e “promover a paz e a justiça, muitas vezes diante de grandes complexidades”, e a Santa Sé deseja continuar a contribuir para essa missão, oferecendo a “sua voz moral em defesa dos pobres e necessitados, e na busca da paz e do desenvolvimento humano integral”.

O secretário-geral da ONU afirmou, após a eleição do Papa Leão XIV, o mundo precisa “das vozes mais fortes em prol da paz, da justiça social, da dignidade humana e da compaixão”.

“A eleição de um novo Papa é um momento de profundo significado espiritual para milhões de fiéis em todo o mundo e ocorre num momento de grandes desafios globais”, assinalou António Guterres.

“Espero dar continuidade ao longo legado de cooperação entre as Nações Unidas e a Santa Sé — nutrido mais recentemente pelo Papa Francisco — para promover a solidariedade, promover a reconciliação e construir um mundo justo e sustentável para todos”, desenvolveu, na declaração onde dirigiu os “sinceros parabéns a Sua Santidade o Papa Leão XIV e aos católicos de todo o mundo”.

CB

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