«Foi essencial este diálogo com a Igreja Católica, um parceiro privilegiado nesta matéria» – Luís Goes Pinheiro
Lisboa, 06 fev 2024 (Ecclesia) – O presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), organismo que substituiu o SEF, encontrou-se hoje na sede da CEP com os responsáveis da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos (ONPC), sublinhando a importância do “diálogo” com a Igreja.
Luís Goes Pinheiro disse à Agência ECCLESIA que as instituições católicas estão presentes no terreno, com “uma proximidade às comunidades que a torna um parceiro privilegiado”.
O responsável sublinhou, no final da reunião, que teve oportunidade de conhecer o trabalho que está a ser feito pela Pastoral dos Ciganos, da Igreja Católica, em vários pontos do país, tendo apresentado como “prioridade” da AIMA a área da educação.
“Desde a primeira hora houve um acordo de nos entreajudarmos para que as instituições possam, de forma mais simples e eficaz, pôr no terreno os seus desejos e as suas ambições nesta matéria”, acrescentou.
Luís Goes Pinheiro realçou que, quem está todos os dias com os utentes dos serviços da AIMA, tem uma “posição privilegiada para servir de mediador entre esses serviços e as pessoas”.
“É essencial usar a sociedade civil, neste caso especificamente a Igreja Católica, com toda a presença que tem em Portugal, para chegarmos mais perto das pessoas e de forma mais eficaz e completa”, acrescentou.
Já o novo diretor da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos observou que as estruturas da Igreja Católica podem “fazer chegar à escola outro tipo de informações”, mas também nas áreas da saúde e da habitação, uma preocupação “premente”, neste momento.
“É uma forma de conseguirmos chegar às minorias e a Pastoral dos Ciganos tem esta responsabilidade”, salientou, em declarações à Agência ECCLESIA.
Que a Pastoral dos Ciganos também faça parte da estratégia nacional para a habitação, que faça parte também da estratégia nacional para os ciganos, que são estratégias que estão implementadas na sociedade civil e que nós queremos participar e queremos ser incluídos para levar boas práticas daquilo que é a realidade da Igreja Católica”.
O diretor da ONPC destaca também a importância de levar da sociedade civil “apoios concretos”, por exemplo nas áreas referidas, para “apoiar as muitas comunidades ciganas” que existem em Portugal.
“Existe uma diversidade enorme, a realidade de Trás-os-Montes será muito diferente da realidade no Alentejo, que é no Algarve, que é aqui na Grande Lisboa, que é no Minho. Há uma diversidade enorme de situações que nós também queremos conhecer e queremos pôr em prática alguns bons trabalhos, bons estudos e acima de tudo ajudar a comunidade cigana a estar mais e melhor integrada”, acrescentou Hélder Afonso, natural da Diocese de Vila Real.
O responsável, nomeado pela Conferência Episcopal Portuguesa em novembro de 2023, desde que tomou posse como diretor da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos, está a reunir-se com as estruturas do setor nas dioceses católicas e já teve encontros com o Observatório das Comunidades Ciganas – ObCig, e com a secretária de Estado.
A OCPM – Obra Católica Portuguesa de Migrações, nomeadamente a diretora Eugénia Quaresma, também participou nesta reunião com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo, realizada na sede da Conferência Episcopal Portuguesa, em Lisboa.
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