D. Rino Passigato discursou na apresentação de cumprimentos do Corpo Diplomático ao presidente da República
Queluz, 14 jan 2019 (Ecclesia) – O núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) em Portugal afirmou hoje que os representantes diplomáticos no país vão acompanhar o “ano político” de 2019, “típico de eleições”, com confiança na “maturidade” democrática da sociedade.
“Mantendo absoluta neutralidade, os representantes dos países amigos acompanham com interesse e confiam na maturidade da democracia portuguesa e dos seus cidadãos, que sabem escolher os legisladores e governantes de que o país precisa”, referiu D. Rino Passigato, ao discursar na apresentação de cumprimentos do Corpo Diplomático ao presidente da República Portuguesa, no Palácio Nacional de Queluz.
O arcebispo italiano destacou a importância de “superar dificuldades” e “garantir ao povo bem-estar económico, saúde, educação, cultura, paz social e um lugar de prestígio no concerto das nações”.
A sessão contou com a presença de 105 chefes de missão, vindos de 99 países.
O decano do Corpo Diplomático destacou a importância de “construir juntos um mundo cada vez mais justo, fraterno e solidário, na base de princípios e valores partilhados”, como “a dignidade da pessoa humana e o respeito dos seus direitos, a promoção do bem comum e do desenvolvimento dos povos, a cooperação solidária”.
D. Rino Passigato falou num contexto internacional marcado por “profundas incompreensões, incapacidade de diálogo e tensões perigosas”.
Nalgumas zonas a vida das pessoas é ameaçada pelo terrorismo; noutras a vida normal da cidade é gravemente perturbada por manifestações violentas de cidadãos encolerizados; noutras observam-se cenários inquietantes onde são violados os direitos básicos das pessoas, a liberdade religiosa, de consciência e de opinião”.
O representante diplomático do Papa afirmou, depois, que “todo o mundo está enamorado de Portugal”, evocando o “número recorde” de visitas de chefes de Estado e de Governo estrangeiros, além dos milhares de imigrantes e milhões de turistas, “claro sinal da sua capacidade de afirmação internacional”.
“Para nós, senhor presidente, estarmos cá é um enorme privilégio, uma honra e, diria, mesmo um prémio, pelo qual ficamos agradecidos aos nossos governantes”, acrescentou.
D. Rino Passigato deixou “votos de um bom Ano Novo, repleto de bênçãos, saúde, prosperidade, serenidade e paz para todos”.
OC