Igreja/Estado: «Não há assinatura de um acordo» entre a Santa Sé e a China

Papa Francisco «acompanha as etapas do diálogo em curso»

Cidade do Vaticano, 29 mar 2018 (Ecclesia) – O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé afirmou hoje aos jornalistas que “não há assinatura” de algum acordo com a República Popular da China e realçou que o Papa Francisco “acompanha as etapas do diálogo em curso”.

“Posso afirmar que não há assinatura «iminente» de um acordo entre a Santa Sé e a República Popular da China”, disse hoje Greg Burke, em resposta às perguntas dos jornalistas.

O diretor da Sala de Imprensa sublinhou ainda que o Papa Francisco “permanece em constante contacto” com seus colaboradores sobre as questões chinesas e “acompanha as etapas do diálogo em curso”.

O suposto acordo entre a Santa Sé e a República Popular da China permitiria regularizar o estatuto da Igreja Católica nesse país.

De recordar que a 30 janeiro deste ano, o Vaticano negou qualquer “divergência de pensamento e ação entre a Santa Sé e os seus colaboradores na Cúria Romana”, sobre o diálogo desenvolvido com a China.

As relações diplomáticas entre a China e a Santa Sé terminaram em 1951, após a expulsão de todos os missionários estrangeiros, muitos dos quais se refugiaram em Hong Kong, Macau e Taiwan.

Em 1952, o Papa Pio XII recusou a criação de uma Igreja chinesa, separada da Santa Sé e, em seguida, reconheceu formalmente a independência de Taiwan, onde o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) se estabeleceu depois da expulsão da China.

A Associação Patriótica Católica – APC foi criada em 1957 para evitar “interferências estrangeiras”, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado, deixando assim na clandestinidade os fiéis que reconhecem a autoridade do Papa.

CB

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Agência ECCLESIA

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