Este protocolo visa “fortalecer a gestão do património”, com especial enfoque no estudo, conservação e dinamização dos seus bens culturais.

Lisboa, 16 de dezembro de 2025 – A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro assinaram um protocolo de colaboração com o objetivo de reforçar “a valorização e a gestão do património” das Santas Casas da Misericórdia da região.
Este protocolo, assinado no dia 11 deste mês, em Buarcos, visa “fortalecer a gestão do património das Misericórdias, com especial enfoque no estudo, conservação e dinamização dos seus bens culturais”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
No âmbito desta colaboração, as equipas técnicas da CCDR Centro vão prestar apoio técnico às Santas Casas da região, através de “ações de avaliação, diagnóstico e aconselhamento nas intervenções necessárias nos seus acervos patrimoniais”.
A região Centro assume-se como uma das “mais relevantes no panorama nacional, pela diversidade e riqueza do património das Misericórdias”.
No total, existem 118 Misericórdias ativas na área abrangida pela CCDR Centro, que inclui os distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Viseu, Guarda e Castelo Branco.
O recenseamento do património foi realizado na totalidade destas instituições, permitindo conhecer “o património imóvel, móvel, arquivístico e imaterial das instituições”.
O presidente da UMP, Manuel Lemos, sublinha que “este protocolo dá continuidade a uma relação histórica de colaboração entre a UMP e o Estado, anteriormente desenvolvida através do Ministério da Cultura e das extintas Direções Regionais de Cultura. Com a recente integração das competências culturais nas CCDR, esta parceria assegura a manutenção e o reforço do apoio técnico às Misericórdias, garantindo a valorização do seu património único.”
A vice-presidente da CCDR Centro, Alexandra Rodrigues, reforça a importância deste protocolo para a valorização da identidade das Misericórdias.
“Ao valorizarmos de forma integrada o património material e imaterial, afirmamos uma visão completa da herança das Misericórdias, garantindo que tanto os bens físicos como as memórias, rituais e conhecimentos, transmitidos de geração em geração, continuam vivos e acessíveis. A CCDR Centro está plenamente empenhada em apoiar esta missão, promovendo uma relação mais forte entre cultura, comunidade e território.”
A celebração deste protocolo assenta “no reconhecimento de que o património das Misericórdias é singular e constitui um elemento fundamental da identidade destas instituições e da sua ligação histórica às comunidades onde se inserem”.
A UMP já formalizou um protocolo com a CCDR Alentejo, integrando “uma estratégia nacional que visa ser progressivamente alargada às restantes regiões do país através da celebração de protocolos semelhantes com as restantes CCDR”.
Este protocolo representa um passo decisivo na consolidação de uma estratégia nacional de valorização do património das Misericórdias, com impacto direto na preservação da memória coletiva e no desenvolvimento cultural e social das comunidades locais.
LFS
