Cidade do Vaticano, 03 jan 2018 (Ecclesia) – O cardeal da Arquidiocese de Manágua, na capital da Nicarágua, cancelou a procissão pela paz com o Santíssimo Sacramento, que se realiza desde 1968, após terem sido proibidas as manifestações nas ruas que não tenham sido convocadas pelo Governo.
“A atividade programada para janeiro será limitada a uma Oração na parte da tarde com a adoração do Santíssimo Sacramento na Catedral de Manágua, seguida por uma Missa”, informou D. Leopoldo Brenes Solórzan, sobre a procissão que se ia realizar no dia 1 de janeiro.
O cardeal de Manágua escreveu que esta opção foi feita para “favorecer o ambiente de oração e de reflexão da comunidade eclesial arquidiocesana”.
O portal ‘Vatican News’ refere que a procissão pela paz com o Santíssimo Sacramento, que se realiza desde 1968, nunca precisou de autorização da polícia.
Em outubro de 2018, o governo proibiu todas as manifestações que não tenham sido convocadas por si.
As relações entre o Estado e a Igreja Católica na Nicarágua deterioraram-se quando eclodiram protestos antigovernamentais em Manágua e noutras cidades, em abril de 1918, com manifestações que causaram a morte de centenas de pessoas.
A “Igreja ficou ao lado das vítimas” e dos “presos políticos”, que o Governo considera “terroristas, “golpistas” e “criminosos comuns”, informa o ‘Vatican News’.
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