Quarta fase das obras na Sé de Viseu vai ser financiada pelo PRR
Viseu, 23 mar 2024 (Ecclesia) – A Diocese de Viseu e o Património Cultural I.P., entidade responsável pela gestão do Património Cultural em Portugal, reuniram, esta sexta-feira, com o objetivo de dialogar sobre as “intervenções prioritárias” que vão continuar a realizar na catedral local.
“São obras muito demoradas e dispendiosas, mas essenciais para a preservação e valorização do monumento”, destacou a coordenadora do Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu, Fátima Eusébio, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, pelo Gabinete de Informação diocesano.
Na reunião, realizada esta sexta-feira, 22 de março, na Sé de Viseu, estiveram presentes o bispo diocesano, D. António Luciano, Fátima Eusébio, o ecónomo, padre Abel Rodrigues, o cónego Manuel Matos, deão do Cabido da Sé, o presidente do Património Cultural I.P., João Carlos Santos, acompanhado por uma equipa de técnicos.
“É mais um passo que vai contribuir para a melhoria do edifício da catedral, as intervenções que serão realizadas vão beneficiar toda a comunidade”, realçou o bispo viseense.
A Diocese de Viseu informa que na reunião conversaram sobre as intervenções prioritárias que serão levadas a cabo na catedral, a quarta fase das obras de conservação e restauro ao abrigo do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“O valor atribuído a esta quarta fase é de 800 mil euros que serão aplicados nas prioridades definidas, dentro do processo atual, e as obras terão de estar concluídas até março de 2026. Contudo, é certo que as intervenções não irão terminar nesta fase, já que os trabalhos necessários não ficarão todos concluídos neste pacote de financiamento”, explicou Fátima Eusébio.
Nas intervenções abrangidas neste financiamento vão continuar o restauro das estruturas de talha – nomeadamente, o retábulo de Nossa Senhora do Rosário, o retábulo do Sagrado Coração de Jesus, o retábulo de Nossa Senhora da Piedade, no claustro, e os cadeirais da capela-mor e do coro alto -, também vão limpar a fachada posterior da catedral e as escadarias, reabilitar o pavimento, alguns painéis de azulejos e os balaústres do claustro superior.
A instalação elétrica do Passeio dos Cónegos, o pavimento da capela-mor, as janelas e portas, nomeadamente do Tesouro da Catedral – Museu de Arte Sacra, e a colocação dos azulejos na sala de reuniões do cabido, que foram retirados na última intervenção, também fazem parte do plano de intervenções desta quarta fase.
Nas três primeiras fases de intervenções na Sé de Viseu, “orçadas em cerca de dois milhões de euros”, retificaram as coberturas, tratamento da abóbada, o restauro da sacristia, a abóbada da capela-Mor, o retábulo-Mor, a capela de São João Batista e os azulejos da antiga capela batismal.
Os trabalhos realizaram-se também nas paredes e abóbada do claustro inferior, o restauro do retábulo da Senhora de Assunção, as “humidades no alçado posterior”, a recuperação da escadaria de granito do acesso à torre, a requalificação do edifício Casa de Santa Maria e a limpeza da fachada da Sé de Viseu, indica o Gabinete de Informação.
CB