Igreja/Estado: Bispos pedem cooperação do Governo para responder à crise

Secretário da Conferência Episcopal espera que haja «boa vontade»

Fátima, Santarém, 08 mai 2012 (Ecclesia) – O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) apelou hoje em Fátima à cooperação do Governo português com a Igreja Católica para responder às situações de carência geradas pela crise.

Segundo o padre Manuel Morujão, “o Estado terá de olhar para aqueles que estão no terreno, próximo das pessoas, a ajudá-las a ultrapassar a crise”, desejando que “o Governo ponha em prática a boa vontade manifestada”.

“Há centenas e centenas de centros sociais, também há cerca de 400 misericórdias no país: todas essas instituições têm sentido dificuldade em responder às urgências da crise social”, alertou, em declarações aos jornalistas, no final da reunião do Conselho Permanente da CEP.

Este responsável recordou o caso denunciado pelo presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), que acusou recentemente o Ministério da Saúde de não cumprir as suas obrigações.

“As Misericórdias estão a ter graves dificuldades em responder – nas suas obras sociais – às pessoas que lhe batem à porta porque não têm chegado as verbas prometidas pelo Estado. Não vemos aí má vontade, mas queremos uma vontade mais cooperante para que a Igreja possa responder a essas urgências sociais”, afirmou o padre Manuel Morujão.

O sacerdote aproveitou para dizer que “a crise tem credibilizado a Igreja pelas suas múltiplas instituições sociais”, dado que a mesma “tem estado perto daqueles que precisam”.

PTE/OC

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