Igreja/Ensino: «Sabedoria da fé pode ser muito útil nas nossas Escolas Católicas» – D. António Augusto Azevedo

Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé pediu atitude escuta, «abrir a porta a quem bate» e respostas «às ânsias de uma nova geração»

Foto: João Cláudio Fernandes

Fátima, 11 out 2024 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé disse em Fátima que a “sabedoria da fé pode ser muito útil nas Escolas Católicas”, afirmando que pode ser “cimento que une” os saberes.

“Em âmbitos educativos e formativos, como são os colégios, para além de aprofundar a sabedoria humana da ciência e da cultura, a fé pode ser, de algum modo, e é bom que seja, este fio que une todas as coisas, este cimento que une todas as coisas”, disse D. António Augusto Azevedo, na Eucaristia que encerrou o primeiro dia do II Congresso Nacional da Escola Católica.

O responsável católico citou a Carta aos Gálatas, onde São Paulo “apresenta a fé na sua dimensão de sabedoria”, o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé afirmou que essa sabedoria “também pode ser muito útil nas escolas católicas”, e “a fé não deve ser um apêndice”.

De outra forma, teremos uma geração com muitos saberes, muitos conhecimentos, mas que fica dispersa e perdida, porque lhes falta o cimento que une todas as coisas. A fé, a fé cristã, pode ser esse cimento que une todas as coisas, porque não responde só ao como, responde à ciência, responde aos porquês, ao sentido profundo da vida, da vida de cada um, da vida do universo, da vida da sociedade”.

D. António Augusto Azevedo, também bispo de Vila Real, lembrou que os discípulos pediram a Jesus que lhes ensinasse a rezar e “não só aprenderam um conteúdo importante de oração”, mas, segundo o texto do Evangelho lido na celebração, Jesus explica-lhes, também, “a atitude”, a atitude subjacente à oração, que, em primeiro lugar, é de confiança, “do outro lado, está um Pai que escuta”.

“A atitude de escuta, por oposição à indiferença ou massificação. A atitude do esforço por procurar fazer o melhor, por oposição à atitude da mera repetição ou da resignação à mediocridade. O nosso tempo, muitas vezes, se resigna à indiferença e, tantas vezes, se resigna, se acomoda à mediocridade”, explicou D. António Augusto Azevedo, afirmando que uma Escola Católica, “aprendendo de Jesus”, tem de fazer esse “exercício de estar à escuta”.

“De abrir a porta a quem bate, de dar resposta às ânsias de uma nova geração. Procurar compreender para estarmos à altura, não só da excelência em termos pedagógicos, com certeza, e científicos e de outra ordem, mas a darmos o melhor em termos humanos e em termos de, digamos assim, de testemunho de fé”, acrescentou o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé.

O II Congresso Nacional da Escola Católica está a debater e refletir o tema ‘Escola católica – identidade e pacto num mundo global’, com 350 participantes, ao longo de dois dias, 10 e 11 de outubro, no Centro Pastoral Paulo VI, do Santuário de Fátima; uma organização da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) e do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC).

Portugal tem 122 escolas católicas, com mais de 65 mil alunos, 5300 docentes e 3300 trabalhadores não docentes.

CB/OC

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