Igreja/Ensino: «Medicina não é profissão, é vocação», diz D. Rui Valério

Patriarca presidiu à Eucaristia de comemoração dos 200 anos da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

Foto: FMUL

Lisboa, 04 dez 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, presidiu hoje à Eucaristia de comemoração dos 200 anos da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), sublinhando os médicos têm uma “vocação” especial.

“Que esta celebração nos recorde que a medicina não é apenas profissão. é vocação. E que, edificando sobre a rocha, praticando o bem e irradiando esperança, possamos ser, todos juntos, servidores da vida, construtores de paz e testemunhas de esperança no coração da sociedade”, referiu, numa proferida na Igreja de São Tomás d’Aquino.

A celebração assinalou ainda o do 10º aniversário do Núcleo de Estudantes Católicos da FMUL.

D. Rui Valério usou a parábola da casa edificada sobre a rocha, a partir do Evangelho de São Mateus, para alicerçar a prática médica, defendendo que o fundamento de toda a ação é “uma ética sólida, inabalável, que reconhece a dignidade humana como rocha firme”.

O patriarca de Lisboa defendeu que a prática clínica deve ser “uma aliança entre ciência e consciência, técnica e compaixão”.

O terceiro pilar da reflexão foi a “esperança como ação concreta”, que em saúde, “não é expectativa vaga; é gesto concreto, é decisão, é presença”.

D. Rui Valério sublinhou a responsabilidade dos futuros médicos, que são chamados a ser “artífices de esperança numa sociedade que tantas vezes oscila entre o medo e a indiferença”.

A intervenção, enviada à Agência ECCLESIA, destacou que, num tempo de guerras, desigualdades e crises de sentido, o ato de cuidar “torna-se profecia”.

A prática médica deve ser um sinal de que “o sofrimento não tem a última palavra; de que o corpo humano merece sempre respeito; de que a vida, mesmo fragilizada, continua a ser dom inestimável”.

A celebração da Eucaristia, realizada às 19h00, uniu a comunidade académica para dar graças pelos “dois séculos de ciência ao serviço da humanidade” e por “uma década de estudantes que quiseram unir fé e missão dentro da casa académica da Faculdade de Medicina”.

OC

 

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