Após as férias «gera-se um reencontro, e é sempre marcado por uma grande nota de alegria», destaca presidente da APEC

Lisboa, 11 set 2025 (Ecclesia) – O Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) e a Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), da Igreja Católica em Portugal, destacam a “grande alegria” com que está a começar o Ano Letivo 2025/2026, e explicam alguns desafios do setor.
“Será um ano, como todos os anos, com grandes desafios, mas também com uma grande alegria, e com uma grande expectativa positiva, porque temos, nas nossas escolas, ao serviço dos alunos, das famílias, dos professores, a totalidade dos manuais em suporte de papel e uma imensidão de recursos na Porto Editora”, disse o coordenador da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) no SNEC, hoje, em declarações à Agência ECCLESIA.
O professor António Cordeiro destacou também a “alegria” de terem esses recursos disponíveis “ao serviço do bem dos alunos, ao serviço da educação integral dos alunos”, através de EMRC, e realçou a “necessidade de apostar” nesses materiais, “e retomar o trabalho com as equipas” continuarem a desenvolver e melhorar esses conteúdos.
É o desafio normal de muita vontade, muita alegria, de acolher os nossos alunos.”
Em Portugal, o regresso às aulas está a realizar-se a partir desta quinta-feira até segunda-feira, e, segundo a Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), “é sempre um momento de reencontro, e de reencontro em grande alegria”.
“As comunidades educativas têm esta particularidade e interrompem, durante o verão, para descanso, para férias, dos alunos, dos professores, dos educadores não-docentes, etc. Gera-se depois um reencontro, e ele é sempre marcado por uma grande nota de alegria, e, invariavelmente, vai ser isso que na realidade das escolas vai acontecer”, desenvolveu o presidente da direção da APEC.
Em declarações à Agência ECCLESIA, Fernando Magalhães referiu também o tema dos professores, que marcam cada novo ano escolar, e explicou que “exige um esforço no processo de recrutamento” das Escolas Católicas em identificarem “os melhores professores para colaboraram”.
“São pessoas com qualidade científica, pedagógica, humana, que representam uma mais-valia para os projetos. Por outro lado, referente aos nossos projetos de Escola Católica, pessoas, o mais possível, identificadas com o ideário da escola católica; já é difícil encontrar professores, acrescem a dificuldade de professores católicos”, desenvolveu o responsável, que é também o diretor do Externato Frei Luís de Sousa (Almada), da Diocese de Setúbal.
O presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas destaca ainda a “questão geracional” dos “jovens adultos” que chegam agora à realidade do emprego, nomeadamente a “profissão educativa, de professor”, com “compromissos cada vez mais curtos em relação à vinculação aos projetos”.
“Obriga os projetos educativos, as Escolas Católicas, a reinventarem-se, e a reinventarem o modo e a forma como não só atraem, mas como depois asseguram a retenção do talento que lhe chega”, acrescentou.
Já o coordenador de Educação Moral e Religiosa Católica no SNEC, sobre os “desafios” deste novo ano escolar, refere a “escassez de professores” da disciplina para “aqueles pequenos horários”, que acreditam que “poderão surgir ainda”.
António Cordeiro salienta que a Igreja Católica em Portugal “continua a apostar na formação dos professores” de EMRC, na Faculdade de Teologia da Universidade Católica, e em terem novos alunos no Curso de Ciências Religiosas com o objetivo de ser professores da disciplina.
CB/OC
![]() No dia 5 de outubro, no âmbito do Ano Santo 2025, o Santuário de Fátima vai acolher a celebração do Jubileu da Educação, no Dia do Professor e início da Semana Nacional da Educação Cristã em Portugal (de 5 a 12 de outubro), a partir das 10h00, no recinto de oração. “É um marco muito interessante no início do ano letivo. O Santuário de Fátima desafiou, e o SNEC e a APEC abraçaram com todos os braços este desafio de se promover, de celebrar o Jubileu da Educação, do mundo educativo. Coincide com outros dois notáveis motivos para encaixar ali toda a esperança em torno do Ano Jubilar que vivemos”, disse o presidente da direção Associação Portuguesa de Escolas Católicas. O coordenador da disciplina de EMRC, no Secretariado Nacional da Educação Cristã, acrescentou que é motivo de celebrarem e, sobretudo, de se motivarem e entusiasmarem “para esse grande desafio, que é o desafio da educação”, e dizer aos educadores cristãos que querem também “começar este ano celebrando a fé, celebrando a esperança”. “E, sobretudo, esse grande desafio de Jesus Cristo, que é de ensinar, e de tornar as pessoas felizes; é também este desafio de nos encontrarmos, para afirmarmos a nossa esperança na educação, para ajudar a transformar o mundo”, acrescentou o professor António Cordeiro. O programa celebrativo do Jubileu da Educação – Terço, às 10h00, na Capelinha das Aparições, e a Missa, às 11h00, no recinto de oração de Fátima dia 5 de outubro – vai ser presidido pelo presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, da Conferência Episcopal Portuguesa, D. António Augusto Azevedo (bispo de Vila Real). A Igreja Católica está a celebrar o Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da história, por iniciativa do Papa Francisco, que o dedicou ao tema da esperança, e que está a ser continuado no pontificado de Leão XIV. O SNEC destaca que “cerca de 50 educadores de Portugal” vão participar no Jubileu do Mundo Educativo (27 de outubro a 2 de novembro), em Roma; peregrinos de EMRC, da Escola Católica, pessoas que se envolveram na “elaboração de recursos de Educação Moral, nos últimos cinco anos, para “celebrar a fé, fazer festa, e regressar com mais energia para continuar a missão”. |