Igreja/Educação: Presidente do Governo Regional da Madeira defende manutenção dos contratos de associação

Miguel Albuquerque destaca «trabalho excecional» que as Irmãs da Apresentação de Maria têm desenvolvido no arquipélago

Foto: Agência ECCLESIA/PR

Funchal, Madeira, 07 jul 2025 (Ecclesia) – O presidente do Governo Regional da Madeira agradeceu hoje o “trabalho excecional” que as Irmãs da Apresentação de Maria têm desenvolvido no arquipélago, defendendo a opção de manter em vigor os contratos de associação.

“Cumpre-me, enquanto presidente do Governo da Região, agradecer à congregação das irmãs da apresentação de Maria, neste seu centenário da presença na Madeira, o trabalho excecional que desenvolveram aqui em prol dos madeirenses, de sucessivas gerações de madeirenses, no quadro da educação”, disse Miguel Albuquerque, na sessão de abertura do congresso global ‘Educação, Solidariedade e Evangelização: Da Europa para a Madeira, da Madeira para o Mundo’.

A iniciativa, que assinala os 100 anos da chegada das Irmãs da Apresentação de Maria à ilha, decorre no Funchal até sexta-feira, com a presença de especialistas e investigadores de 23 países, entre 400 participantes.

O presidente do Governo Regional da Madeira sublinhou que, embora o executivo seja “laico”, tem “opções ideológicas” que passam pela “cooperação com as instituições da Igreja”, na área da saúde, do apoio social e da educação.

Miguel Albuquerque defendeu a manutenção dos contratos de associação, que a Madeira nunca abandonou, como “uma forma muito importante de ter grande sucesso na área da educação e também na área da solidariedade social”.

O líder regional sublinhou que a Constituição portuguesa aponta à “liberdade de opção” dos pais e famílias, falando da educação como “o grande motor do desenvolvimento e da mobilidade social”.

Em declarações aos jornalistas, após a sessão de abertura do congresso, Miguel Albuquerque defendeu a importância de promover “uma boa escola pública e uma boa escola privada”.

“Não se está a condicionar ninguém pelo local onde nasceu ou pela família de onde é proveniente, o que acontecia antigamente. Quando se deixa de ter essa situação [contratos de associação], como está a acontecer no Continente, os filhos dos ricos vão para as escolas privadas e têm mobilidade assegurada, e quem, mesmo com talento, nasce num sítio não tão central, ou de uma família que não seja reconhecida, está condicionado no seu futuro”, sustentou.

A congregação das Irmãs da Apresentação de Maria foi fundada em 1796, por Marie Rivier, e insere-se “no movimento de renovação da vida consagrada orientada” como “empreendedorismo educativo, social e pastoral de timbre feminino”, assinala o Centro de Estudos Globais, instituição científica promotora do congresso global.

A congregação chegou ao arquipélago pela mão de uma madeirense, Leontina de Ornelas e Vasconcelos, natural de Machico, que emigrou para a Suíça, e viria a assumir o nome religioso de irmã Maria da Santíssima Trindade; atualmente, as Irmãs da Apresentação de Maria estão presentes em 20 países.

PR/OC

 

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