Igreja/Educação: «Não há disciplina mais livre que a EMRC» – Jorge Novo

Responsáveis nacionais preparam projetos para assinalar 50.º aniversário do 25 de abril

Foto: Educris

Lisboa, 28 fev 2024 (Ecclesia) – Jorge Novo, professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), afirmou que esta é uma disciplina marcada pela liberdade, logo no ato de matrícula.

“Não há disciplina mais livre que a EMRC que começa desde logo no ato de matrícula porque o próprio aluno, sendo uma disciplina de oferta obrigatória, mas facultativa na opção, o próprio aluno exerce a sua liberdade de a frequentar ou não”, disse à Agência ECCLESIA o elemento da equipa nacional da disciplina.

No ano em que se comemora o 50.º aniversário do 25 de abril de 1974, a disciplina de EMRC tem projetos e iniciativas para celebrar esta data histórica.

O docente destaca que esta disciplina tem “um claro e elevado valor educativo”, porque se “orienta para formar personalidades ricas em interioridade, abertas aos valores da justiça, da fraternidade, da paz”.

“Procura proporcionar na pessoa, do aluno, a vivência da liberdade, a liberdade mais do que uma teoria, mais do que um pensamento, a liberdade vivida e vivenciada no ser”, acrescenta.

Como a liberdade faz parte “da matriz da identidade de EMRC”, observa Jorge Novo, este ano há “um foco especial para a sua perenidade e para a sua importância na vida da pessoa e dos alunos”.

Já Carlos Meneses Moreira, que também integra a equipa nacional da disciplina de Educação Moral e Religiosa, realça que o percurso curricular passou a incluir “um conjunto de temáticas que vão percorrendo os diversos anos de escolaridade e que intercepta diversas temáticas relacionadas com esta vivência da liberdade”, não apenas do ponto de “vista existencial, mas também no sentido de socialização” que ajudam o aluno a “adquirir esta maturidade”.

A EMRC tem uma presença semanal na sala de aula e o professor educa “não só por aquilo que transmite, mas sobretudo por aquilo que vive e a liberdade é vivenciada nesta relação educativa onde o amor é a base essencial para a descoberta da importância da liberdade”, sublinhou Jorge Novo, por sua vez.

De 27 a 31 de maio vai realizar-se a semana nacional da disciplina, que tem como tema ‘EMRC, lugar de encontro com a liberdade’.

Os responsáveis pretendem que esta não seja “uma imposição”, mas “antes uma emanação, isto é, uma construção planificada.

Neste contexto, foi lançado um concurso intitulado ‘Liberdade XPTO’, uma “feliz iniciativa”, proposta por cinco docentes da Diocese do Porto que para marcar os 50 anos do 25 de abril.

“Uma modalidade, simultaneamente, lúdica, mas também consolidada em termos de conteúdos, que pudesse, junto dos alunos, trabalhar toda esta temática da liberdade a nível do próprio exercício político e social”, indicou Carlos Meneses Moreira.

A ideia inicial ganhou corpo e gerou um “trabalho colaborativo de cerca de 15 dioceses e 35 escolas, um público-alvo de cerca de 300 alunos, que vão trabalhar, usando os diversos aplicativos de questionário iterativo”.

PR/LFS/OC

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