D. José Policarpo salienta que «pecados da Igreja nunca anularão a fidelidade de Jesus Cristo»
O Cardeal Patriarca afirmou este Domingo que a Igreja “é a última realização” da vontade divina antes do final dos tempos e que ela é também, para Deus, “a última esperança” de ter um povo que lhe seja fiel.
Na quarta catequese quaresmal deste ano, proferida na Sé Patriarcal, D. José Policarpo sublinhou que todos os membros da Igreja são chamados de “povo sacerdotal” porque “a santidade da sua vida é o verdadeiro culto que Deus espera”.
Por outro lado, referiu o prelado, Deus quer que a Igreja seja mediadora entre Ele e toda a humanidade, favorecendo a “realização última” do desígnio divino, isto é, o desejo “de reunir, no fim, todos os homens num só Povo, que o louvem, contemplem a sua glória e experimentem a alegria do amor”.
Ao enunciar alguns marcos do Antigo e do Novo Testamento, o Cardeal Patriarca recordou a progressiva manifestação do desejo de Deus e evocou a sua realização definitiva, que se concretizará pela eternidade através do “verdadeiro culto”.
Para D. José Policarpo, a revelação da vontade divina para a humanidade – que acontece ao longo da chamada “História da Salvação” – é uma “manifestação da persistência de Deus”, que “não desiste de vir um dia a ter esse povo que Ele deseja, que O louve com toda a sua vida”.
No entender do Cardeal Patriarca, “os pecados da Igreja nunca anularão a fidelidade de Jesus Cristo”.
“Não há perigo de mais uma desilusão para Deus, porque a Igreja é Cristo, identifica-se com Cristo, a sua fidelidade é a de Cristo, a força que a move é o próprio Espírito de Cristo”, assinalou.
Como resposta à acção divina, Deus espera da Igreja uma “atitude sacerdotal”, que contribua para que os seus membros possam “sentir já na história a alegria da intimidade com Ele”.