Igreja: É necessário rejeitar a «engenharia pastoral»

D. Francisco Senra Coelho participou em Roma no encontro de bispos nomeados no último ano

Funchal, 22 set 2014 (Ecclesia) – D. Francisco Senra Coelho participou em Roma no encontro para bispos nomeados no último ano e, entre os desafios apresentados, destaca a necessidade de rejeitar a “engenharia pastoral” e alimentar uma “relação muito direta com o povo”.

“Por vezes há um divórcio entre o Povo de Deus, a sua compreensão da fé, aquilo que lhe propomos e o que a Igreja lhe apresenta. Não podemos ter a Igreja do povo e a Igreja do clero”, disse à Agência ECCLESIA o bispo auxiliar de Braga, no Funchal, à margem do Congresso sobre os 500 anos da diocese.

D. Francisco Senra Coelho esteve até esta quinta-feira, em Roma, onde participou no encontro promovido pela Congregações para os Bispos e para as Igrejas Orientais, da Santa Sé, e que reuniu quase 250 prelados.

O encontro dos bispos nomeados durante o último ano terminou com um encontro com o Papa Francisco, na última sexta-feira, que os desafiou a “não estar apenas de portas abertas”.

“Não podemos ser uma Igreja que se limita ter portas abertas, mas temos de ser uma Igreja em saída”, recordou o bispo auxiliar de Braga.

Para D. Francisco Senra Coelho, o encontro valorizou também a “problemática da emigração”, sublinhou a necessidade do cristianismo não ser um “fenómeno à margem” nem ter uma dimensão “minoritária” na proposta cultural e social.

A presença de bispos do Iraque, da Síria e do Líbano e a situação de risco que correm marcou este encontro, onde foi sublinhada a necessidade de receber “os cristãos em fuga”, que “batem á porta do ocidente”, e assumir a “defesa dos valores relativos à liberdade de consciência e religiosa”.

D. Francisco Senra Coelho foi nomeado bispo auxiliar de Braga no dia 17 de abril de 2014 e ordenado a 29 de junho.

PR

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