A assinatura do acordo entre o presidente do Quénia, Mwai Kibaki, e o líder da oposição, Raila Odinga, provocou satisfação na comunidade cristã deste país africano. Num comunicado conjunto, a Conferência Episcopal e a Caritas do Quénia afirmam que “o acordo dá-nos a esperança e uma real oportunidade para reflectir e construir o Quénia que queremos, construir inclusive um governo que inclua a diversidade do nosso país”. Os prelados e a Caritas fazem um apelo aos líderes políticos, para que trabalhem com todas as organizações religiosas e civis, de modo que a paz e a reconciliação se possam restabelecer. “O nosso país está traumatizado com aquilo que viu e agora devemos trabalhar para reconciliar a nação”, acrescentam. Já o secretário-geral do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Quénia, o anglicano Peter Karanja, definiu o acordo como uma “etapa importante” para pôr fim a dois meses de crise política. “Trata-se de um bom sinal e é a base para encontrar uma solução para os verdadeiros problemas”, disse. O acordo prevê a divisão dos poderes: Kibaki permanecerá presidente, enquanto Odinga tornar-se-á primeiro-ministro. A crise queniana foi gerada após as últimas eleições, em dezembro, nas quais Kibaki foi declarado vencedor, mas a oposição denunciou fraudes e negou-se a reconhecer Kibaki como chefe de Estado. Com Radio Vaticano