Tendo em conta que é no presente dos jovens que se joga o futuro de uma sociedade, percebemos hoje que daqui a 10 ou 15 anos, a internet estará em todo o lado, desde os monitores de casa aos computadores de bolso, com serviços e funções cada vez mais diversos, complementares, sofisticados e utilitários, valorizando igualmente, cada vez mais, a sua presença também nos locais públicos. Após o aparecimento da internet em 1992/93, que levou à liberalização do acesso aos media e à permanente reformulação do conceito de actualidade, constatava-se em 2007 que a internet era usada por mais de 16,9% da população mundial, qualquer coisa como 1,1 bilião de pessoas, confirmando os especialistas o que todos nós verificamos: que as redes sociais são um fenómeno social e económico emergente que atrai muitos milhões de pessoas. Estima-se que actualmente estes meios de comunicação tenham uma taxa de penetração na Europa de 74,6% ou 282 milhões de pessoas, maiores de 15 anos com computador em casa. Números de Dezembro de 2008 asseguram que naquele mês terão sido 211 milhões aqueles que acederam a um site de relacionamento social. Portugal é mesmo o terceiro país europeu na utilização das redes de relacionamento social na internet, tendo à sua frente somente o Reino Unido e a vizinha Espanha. E também, segundo dados apresentados por especialistas, que se percebe hoje quem são os utilizadores destas funcionalidades. Em Portugal, estão presentemente na internet 97% dos quadros médios e superiores, ou seja, quem decide, e 94% dos jovens portugueses com 15 ou mais anos, ou seja, o futuro. No total, são cerca de 4 milhões de portugueses de pessoas com 15 ou mais anos, o correspondente a 48,8% da população nacional. Nesta era actual, que perdurará na História da Humanidade como a da Revolução Digital e Tecnológica, a Diocese do Algarve vai ao encontro daquele que é o entendimento da Igreja em Portugal e no Mundo ao perceber a importância da sua presença neste admirável mundo que diariamente se faz novo pelas potencialidades inovadoras que vai disponibilizando a uma velocidade impressionante a quem delas queira usufruir. A inclusão progressiva da Igreja do Algarve nas Redes Sociais surge assim como uma bandeira, no meio de tantas outras propostas e solicitações com o objectivo de canalizar os utilizadores/seguidores para o Portal da Diocese e consequentemente, num futuro que se espera breve, para uma outra plataforma digital de presença na web ligada ao seu jornal diocesano Folha do Domingo. No fundo, no espírito dos que se dedicam ao empreendimento deste projecto está bem presente o dever, intrínseco à missão da Igreja, de fazer perpassar a mensagem e a Palavra de Cristo em todos os meios e circunstâncias. Trata-se portanto de um projecto que perspectiva e prepara a presença da Igreja numa área concreta de muitas outras que o futuro (que já é presente) reserva. Aliada a esta realidade surge ainda a necessidade urgente de a Igreja de fazer passar a “sua” verdadeira mensagem. Considerando que hoje a Igreja tem um problema de comunicação, – frequentemente evidenciado pela dificuldade em fazer compreender as reais convicções que defende, não raras vezes enviesadas por alguma Comunicação Social que deixa vislumbrar os objectivos claros dos agentes que a produzem, – cabe-lhe, através dos seus próprios meios, um papel cada vez mais responsável e pertinente no sentido de apresentar à opinião pública aquela que é verdadeiramente a doutrina que tem o dever de preservar. Tendo principiado a sua presença nas redes sociais através do Twitter, a Diocese do Algarve planeia agora alargar essa presença a outros espaços como o Facebook ou o YouTube/Google, procurando constituir uma equipa que assegure não só o começo, mas sobretudo a continuidade do serviço.