Francisco lamentou atenção excessiva dedicada ao acesso dos católicos separados à Comunhão
Cidade do Vaticano, 16 abr 2016 (Ecclesia) – O Papa disse hoje em conferência de imprensa que a exortação apostólica ‘A Alegria do Amor’, sobre a família, abre novas possibilidades em relação ao acesso de católicos divorciados em segunda união à Comunhão.
“Posso dizer que sim, ponto final. Mas seria uma resposta demasiado curta”, respondeu aos jornalistas, durante o voo de regresso a Roma, após a visita à ilha grega de Lesbos.
Francisco evitou pormenorizar e remeteu para a apresentação do documento pós-sinodal que foi feita pelo cardeal Schoenborn, arcebispo de Viena, a 8 de abril, na sala de imprensa da Santa Sé.
Segundo o Papa, os media dedicaram demasiada atenção a este tema, na sua abordagem ao Sínodo sobre a Família, confessando mesmo ter ficado “aborrecido” e “triste” com a situação.
“Esses media não se apercebem de que este não é o problema importante: a família está em crise em todo o mundo, e a família é a base da sociedade; que os jovens não se querem casar; que há uma queda da taxa de natalidade na Europa que dá vontade de chorar; que falta trabalho; que as crianças crescem sozinhas. Estes são os grandes problemas”, declarou.
Na conferência de imprensa de lançamento da exortação apostólica pós-sinodal ‘A Alegria do Amor’, o cardeal Christoph Schoenborn afirmou que o caminho de “discernimento” proposto aos católicos divorciados é “delicado, mas necessário”.
OC