Igreja: Diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil assume desafio de «abrir» portas

Padre Filipe Diniz saúda novo documento do Papa, dedicado aos jovens

Lisboa, 06 abr 2019 (Ecclesia) – O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), da Igreja Católica em Portugal, disse à Agência ECCLESIA que o novo documento do Papa sobre os jovens, divulgado esta semana, desafia todos a “abrir portas”.

“É um desafio, será sempre um grande desafio: as portas abrem-se, primeiro que tudo, pela dimensão da escuta, percebendo que é preciso escutar a realidade juvenil, tudo o fulgor que existe”, referiu o padre Filipe Diniz.

O responsável saúda o surgimento de indicações mais concretas “daquilo que o Papa espera da juventude”, com a exortação apostólica que dá continuidade à assembleia do Sínodo dos Bispos de 2018, que considerou “muito desafiante” para a Igreja Católica.

Os jovens devem ser “protagonistas” na vida da Igreja, mas para o diretor do DNPJ “antes que a porta se abra, é preciso que a estrutura esteja organizada”

“É preciso trabalhar diretamente com eles, prontos para ajudar”, precisa.

A assembleia do Sínodo dos Bispos de 2018 debateu a relação entre Igreja Católica e novas gerações, tema no centro da exortação apostólica ‘Cristo Vive’, do Papa Francisco.

“Nada melhor do que escolher este tema tão interessante. Cristo vive e acontece na juventude, de forma livre e autêntica”, assinala o padre Filipe Diniz.

Na exortação, Francisco defende uma “pastoral popular juvenil”, mais “ampla e flexível”, contrariando uma proposta católica “separada das culturas juvenis e apta apenas para uma elite juvenil cristã”.

Para o diretor do DNPJ, a Pastoral Juvenil deve “criar” uma rede com as várias realidades que acompanham as novas gerações”, como as universidades, e apostar, como pede o Papa, no “discernimento vocacional”.

“O jovem procura o sentido da existência e devemos ajudá-lo a perceber que Deus vai atuando na sua vida”, concluiu.

A Exortação apostólica pós-sinodal ‘Cristo Vive’, dividida em nove capítulos e 299 pontos, foi apresentada esta terça-feira, defendendo que a Igreja ouça os jovens e os ajude a encontrar o seu caminho de vida.

OC

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Agência ECCLESIA

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