D. António Moiteiro assinala « passos significativos na corresponsabilidade laical»

Aveiro, 24 nov 2025 (Ecclesia) – D. António Moiteiro presidiu à instituição de 52 leigos para serviços de catequista, leitor, acólito e para “serviço da caridade” na diocese de Aveiro, sublinhando-os como “passos significativos na corresponsabilidade laical”.
“Os ministérios devem ser considerados uma verdadeira vocação, um chamamento da Igreja que reconhece em tal pessoa um projeto divino sobre ela, a fim de servir o Povo de Deus e a sua missão”, explicou o bispo de Aveiro na homilia da celebração.
“(Os ministérios são) conferidos a leigos que os exercem com verdadeira corresponsabilidade na missão; correspondem a uma verdadeira necessidade na medida em que tais ministérios são de importância vital para a missão da Igreja; ordenam-se ao bem da Igreja e o seu exercício só faz sentido inserido na comunhão dessa mesma Igreja; os ministérios instituídos conferidos a leigos concretos são, em princípio, estáveis e prolongados no tempo”, acrescentou.
O bispo de Aveiro afirmou a instituição de ministérios laicais como uma vontade de construir “reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz”.
D. António Moiteiro instituiu 29 leigos no ministério de catequista, 10 no ministério de leitor, oito leigos no ministério de acólito e cinco pessoas no ministério no serviço da caridade.
O responsável recordou as palavras do Papa Francisco, publicadas no Motu próprio ‘Spiritus Domini’, onde afirma que o compromisso dos leigos “não se deve esgotar no exercício dos ministérios não ordenados”, apontando à responsabilidade de cada um que “nasce do Batismo e da Confirmação”.
Dirigindo-se aos leigos ordenados, o bispo de Aveiro explicou que os catequistas têm por missão “anunciar o sinal da fé com a vida, os costumes e a palavra”; aos leitores, D. António Moiteiro pediu para anunciarem “fielmente a Palavra de Deus”, para que esta “seja cada vez mais viva no coração dos homens”.
Aos leigos a quem instituiu com o ministério de acólito, o responsável pediu que possam “servir a mesa do Senhor e da Igreja”; aos cinco leigos instituídos para o ministério do Serviço da caridade pediu “entrega generosa” no “auxílio dos irmãos com todo o coração e com todas as forças”.
Em declarações ao portal da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, a responsável pela Catequese na diocese de Aveiro assinala o “caminho verdadeiramente sinodal” e de “formação profunda” desenvolvida os últimos “dois anos”.
“Foi um caminho pensado, exigente e sinodal. Começou há dois anos com disciplinas de primeiro anúncio, liturgia, ministérios e caridade. Procurámos direcionar a formação às necessidades reais dos catequistas”, afirmou, citada pelo Educris.
A responsável indica que os candidatos à instituição do ministério de catequista foram indicados nas paróquias, tendo sido desenvolvido um processo de “discernimento comunitário” para “clarificar motivações e disponibilidade para o serviço”.
LS
