Padre José Antunes, religioso verbita, defendeu tese de doutoramento na Faculdade de Teologia
Lisboa, 05 jun 2013 (Ecclesia) – O padre José Antunes defendeu hoje na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, a tese de doutoramento sobre «Diálogo Profético: Identidade e Missão da Congregação do Verbo Divino», falando num conceito central para o século XXI.
A expressão «diálogo profético» foi cunhada no XV Capítulo Geral dos Verbitas (ano 2000) e percebendo que havia “ali um campo de trabalho” para investigar, o novo doutor resolveu fazer um trabalho aprofundado e científico sobre este conceito, referiu à Agência ECCLESIA, logo após a defesa da tese, na Faculdade de Teologia.
Nos últimos 30 anos, a Congregação do Verbo Divino formou cerca de 3700 novos missionários e, destes, mais de dois mil são naturais do continente asiático, números que refletem “nitidamente uma mudança na origem e na composição étnica e cultural das comunidades missionárias”, frisou.
Tendo em conta este “contexto novo” é “urgente refletir sobre a identidade e missão” no início do terceiro milénio, defendeu o missionário verbita.
As comunidades do Verbo Divino em Portugal “não são constituídas apenas por portugueses”, o que as torna “comunidades multiculturais”.
A nova configuração das comunidades “provoca muitas questões” sobre a forma de “viver, trabalhar e rezar”, o que exige “diálogo”, refere o padre José Antunes.
Se outrora, os missionários iam “para as florestas de África” evangelizar, hoje a evangelização passa também pelas “portas do lado”, por isso, os missionários do Verbo Divino têm 4 interlocutores prioritários: “Aqueles que procuram a fé; os das outras culturas; os pobres e os das outras religiões”, salientou.
Com 55 anos, este missionário, natural da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, sempre se interessou pelo diálogo “com outras culturas e outras religiões” e, com o estudo aprofundado neste campo, pretende ajudar a “congregação e a igreja em geral a exercer a sua missão no mundo contemporâneo”.
A tese de doutoramento do padre José Antunes teve a orientação dos professores da UCP José Nunes e Ana Jorge e como arguentes professores de outras instituições universitárias.
LFS