D. Carlos Azevedo pede «ousadia» da Igreja, na sua acção social, e menos dependência dos subsídios “A tradição dá modelos e mostra que houve ousadia em determinados tempos da história por parte de muitas figuras da Igreja” – afirmou aos jornalistas D. Carlos Azevedo, bispo Auxiliar de Lisboa, no encerramento da Semana da Pastoral Social que terminou em Fátima no dia 6 de Setembro. O momento actual “é de crise” e “com situações clamorosas”. Perante este cenário, o bispo auxiliar de Lisboa apela à “reflexão sobre a realidade” e à existência de mística, “algo que nos galvanize e motive”. Neste contexto social é fundamental “encontrar perspectivas utópicas” que “nos lancem para caminhos quase do impossível e nos levem a perder o medo”. Nos domínios governamentais, da economia, da política, as “pessoas vivem situações de medo” – salienta. A Acção Sócio-Caritativa da Igreja está dependente dos protocolos com o Estado mas “o imperativo do amor cristão não pode ficar impedido por apoios de subsídios”. E alerta: “Temos de encontrar formas alternativas e inovadoras”. Com ou sem apoios do Estado, D. Carlos Azevedo realça que “se o Estado tiver miopia para não ver a importância deste trabalho devemos encontrar formas para responder às reais necessidades das pessoas”. A Igreja deve “perder o medo de ser livre nestas dimensões” – sublinha o D. Carlos Azevedo. Na sua conferência – subordinada ao tema «Tradição e inovação no agir da Igreja» – o bispo auxiliar de Lisboa disse às centenas de pessoas que “ser neutrais no campo social é já estar de um lado porque a imparcialidade é impossível”. E finaliza: “Não intervir é pecar. Há silêncios, ausências, desconhecimentos que fazem o jogo da maldade”. Notícias relacionadas Movimento Social Cristão para unir esforços Originalidade da intervenção cristã na sociedade Igreja preocupada com a área social Intervenção dos cristãos e boas práticas na sociedade civil Acção social da Igreja debatida em Fátima