Igreja deve aceitar confronto com novas expressões artísticas

Nas vésperas do encontro do Papa com os artistas, D. Gianfranco Ravasi avalia relações entre Igreja e cultura

O presidente do Conselho Pontifício da Cultura afirmou que a Igreja “deve aceitar o confronto com as novas modalidades de expressão” e que esse diálogo será “fecundo” para ela.

A procura do entendimento não exclui a constatação de que há diferenças entre o catolicismo e algumas manifestações culturais.

“Um grande artista americano dizia-me recentemente: ‘Os artistas contemporâneos excluem duas coisas: a beleza e a mensagem’. Neste aspecto, podemos verdadeiramente falar de divórcio com a Igreja”, explicou o prelado.

Em entrevista ao jornal francês «La Croix», D. Gianfranco Ravasi admitiu que os organismos eclesiais podem aceitar a provocação, desde que esses “gritos” ou “protestos” sejam “estimulantes” e não incorram na blasfémia. O responsável do Vaticano deu como exemplo as obras do cineasta Luis Buñuel e do filósofo Friedrich Nietzsche.

De acordo com o biblista italiano, Bento XVI aceitou de imediato a proposta de um encontro com o mundo da artes e da cultura, que ocorrerá a 21 de Novembro: “Ele deseja um verdadeiro diálogo. Ele sabe que deixámos de ser filhos da Antiguidade clássica”, indicou D. Gianfranco Ravasi.

A entrevista pode ser lida integralmente, em português, no site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

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Agência ECCLESIA

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