A Conferência Episcopal do Paraguai fez um pedido explícito ao governo do antigo bispo Fernando Lugo, que tomará posse no próximo dia 15, para que “defenda o direito à vida e à família, fundada no matrimónio estável”. O comunicado dos Bispos assinala que, embora o estado paraguaio tenha carácter não confessional, “deve respeitar a liberdade religiosa, de culto e de consciência; do mesmo modo, deve levar em conta os valores próprios da natureza da pessoa humana e da sociedade, muito especialmente no que faz referência à vida, a sua promoção e defesa desde sua concepção até sua morte natural; ao núcleo familiar que se fundamenta no matrimónio entre um homem e uma mulher; ao cuidado e educação dos filhos, e igualmente, à promoção integral dos pobres, dos camponeses, dos indígenas, assim como dos anciões, doentes e abandonados”. No texto, os prelados do Paraguai reconhecem que, nas eleições de 20 de Abril, “foi evidente o desejo de mudança, por parte da população, que optou por uma nova etapa da vida nacional. Os bispos concluem o documento afirmando a sua disposição “de apoiar qualquer política de bem comum, que promova a dignidade e os direitos das pessoas e que procure um desenvolvimento integral do povo e de suas comunidades”.