O avançado estado de degradação da igreja levou o provedor de justiça a fazer uma recomendação ao Ministério das Finanças, proprietário do edifício, para que encontre uma solução urgente para a realização de obras. O Padre João Nogueira, pároco desta igreja, recebeu a recomendação do provedor como sinal de que há quem se preocupe com a degradação do edifício, mas acrescentou que o proprietário do imóvel já admitiu que não há dinheiro. Já antes desta recomendação do provedor, o sacerdote tinha sido informado pela direcção geral do património do Ministério das Finanças de que esta não tinha orçamento para a realização de obras. Na carta, de Dezembro do ano passado, a paróquia é mesmo desafiada a avançar com as obras, o que o Padre considera ser um desconhecimento “completo” da realidade. “A comunidade é paupérrima e o estado de degradação do imóvel é imenso”, argumenta João Nogueira. O sacerdote acrescentouque o processo para a realização de obras avançou ainda no tempo em que Pedro Santana Lopes estava na Câmara de Lisboa, mas que parece ter parado assim que houve uma mudança na Câmara. “Temos a sensação que neste país quando de facto há uma mudança todos os dossiers desaparecem param, são incinerados. Não sabemos. A sensação que temos é que estamos sempre a partir do zero”, lamenta.