Novo bispo do Porto fala em «pedido irrecusável» do Papa para nova missão
Lisboa, 15 mar 2018 (Ecclesia) – O novo bispo do Porto deixou hoje uma mensagem às Forças Armadas e de Segurança, explicando que a tarefa agora confiada pelo Papa Francisco representa um “pedido irrecusável”.
“Quer os militares e polícias, quer nós, pessoas da Igreja, sabemos bem o que é obedecer e a força moral de uma «guia de marcha» para onde os nossos superiores entendem que somos necessários”, escreve D. Manuel Linda, ordinário castrense desde 2013.
“Partirei, com gosto, para o trabalho apostólico numa grande diocese que muito ano e admiro”, acrescenta.
O responsável, de 61 anos, foi hoje nomeado como bispo do Porto, sucedendo no cargo a D. António Francisco dos Santos, falecido a 11 de setembro de 2017.
“Caros militares e polícias de Portugal, habituei-me a ver em vós pessoas muito capacitadas, profissionais que não descuidam a formação contínua e gente portadora de uma especialíssima sensibilidade social. Sabeis, de facto, que existis não para vós, mas para servir a sociedade”, observa.
D. Manuel Linda diz que vai sentir “saudade” das amizades criadas nos quatro anos passados no meio castrense e fala em “muitas alegrias” vividas neste setor
“Agradeço-vos o zelo com que avalizais os valores inegociáveis da paz, segurança, liberdade, bem comum e a própria democracia”, escreve a militares e polícias, desejando que sejam uma das “grandes reservas morais da Nação”.
O responsável adianta que, a pedido do Papa, vai continuar a exercer funções de “administrador apostólico” do Ordinariato Castrense, até à nomeação do futuro bispo.
D. Manuel Linda dirige-se depois aos militares e polícias do Porto, para lhes manifestar “especial dedicação”.
O prelado despede-se assinando como “irmão e amigo”.
Em fevereiro, o chefe do Estado-Maior- General das Forças Armadas (EMGFA) de Portugal atribuiu ao bispo D. Manuel Linda a Medalha da Cruz de São Jorge, numa cerimónia privada.
O prelado recebeu o Papa Francisco a 12 de maio de 2017, na Base Aérea de Monte Real, de onde o pontífice regressaria ao Vaticano, no dia seguinte, após a visita a Fátima, no Centenário das Aparições.
OC