Igreja: D. José Cordeiro tomou posse como arcebispo de Braga (c/vídeo)

Cerimónia marcada pelas mudanças simbólicas e por palavras de «caminho conjunto»

Braga, 12 fev 2022 (Ecclesia) – D. José Cordeiro tomou hoje posse como arcebispo de Braga, numa cerimónia marcada pelas mudanças e por palavras de “caminho conjunto”.

O núncio apostólico, D. Ivo Scapolo, que presidiu à celebração, afirmou que a “Arquidiocese deve profunda gratidão a D. Jorge Ortiga” e que deve acolher D. José Cordeiro.

Ocónego Paulo Abreu, deão da Sé (o mais antigo cónego da Catedral), proferiu as palavras aquando da mudança do brasão de D. Jorge Ortiga para o brasão de D. José Cordeiro, em cima da cátedra, afirmando que será “o mesmo Deus quem fala” e só se altera a “mediação”.

“Esta mudança de brasão a que vamos proceder é um renovar da nossa esperança, um sinal de acolhimento à doutrina que nos será comunicada, um gesto de abertura ao Deus que fala pelos profetas de todos os tempos, os de ontem, os de hoje, os de amanhã”, referiu.

D. Jorge Ortiga, arcebispo emérito, referiu que a “cátedra passava para D. José Cordeiro que será o intérprete da Palavra de Jesus com a sua Igreja” e que quer caminhar com o novo arcebispo.

“Caminhamos todos juntos, gostava de lhe dizer que quero caminhar com ele, para que a Palavra de Deus ecoe nas 552 paróquias da Arquidiocese e pode estar tranquilo que o peso desta catedral não lhe pode meter medo mas, pelo contrário, o caminho será duro e difícil mas não estará sozinho, caminhamos todos juntos”, indicou, dirigindo-se a D. José Cordeiro.

Depois de tomar posse, o novo arcebispo – nomeado pelo Papa a 3 de dezembro de 2021 – vai iniciar o seu Ministério Pastoral na Arquidiocese de Braga este domingo, na Sé de Braga, às 16h00.

D. José Cordeiro tem 54 anos de idade e era bispo da Diocese de Bragança-Miranda desde 2011; nasceu a 29 de maio de 1967 em Angola, tendo vindo para Portugal em 1975 com a família.

O responsável foi ordenado padre a 16 de junho de 1991; até 1999 foi pároco, formador no seminário da diocese transmontana e capelão do Instituto Politécnico de Bragança, e de 1999 a 2001 frequentou o Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma, obtendo a licenciatura em Liturgia, disciplina em que se doutorou no ano de 2004, no mesmo instituto.

O novo arcebispo foi vice-reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, entre 2001 e 2005, ano em que foi nomeado reitor da instituição, onde se manteve até à sua nomeação para a Diocese de Bragança-Miranda, a 18 de julho 2011, pelo Papa Bento XVI; foi ordenado bispo a 2 de outubro do mesmo ano.

Em 2004 iniciou a carreira docente no Pontifício Ateneu de Santo Anselmo.

Foto: DACS/Braga

Em maio de 2012, foi empossado como académico correspondente da Academia Internacional da Cultura Portuguesa, na qual discursou sobre o tema ‘Do Movimento Litúrgico à Reforma Litúrgica em Portugal’.

O responsável preside à Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP); desde 2016, é membro da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, da Santa Sé.

Ainda na CEP, desde 2017 é vogal do Conselho Permanente; desde 2018 é delegado aos Congressos Eucarísticos Internacionais.

SN

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Agência ECCLESIA

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