Igreja: D. Joaquim Mendes alerta para perigos de religião feita de «formalismos e ritualismos vazios»

Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família encerrou 41ª Assembleia Nacional do Renovamento Carismático Católico

Fátima, 03 set 2018 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF) encerrou este domingo em Fátima a 41ª Assembleia Nacional do Renovamento Carismático Católico, alertando para os perigos de uma religião feita de “formalismos e ritualismos vazios”.

“Muitos defendem vigorosamente e a qualquer custo as tradições indo, muitas vezes, contra as exigências mais elementares do amor cristão, ferindo a comunhão eclesial, ameaçando e agredindo verbal e até fisicamente a quem propõe alguma mudança ou renovação, segundo o Evangelho e as orientações da Igreja”, disse D. Joaquim Mendes, numa homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA.

A 41ª Assembleia Nacional do Renovamento Carismático Católico (RCC), com o tema “Para que a vossa alegria seja completa”, decorreu entre sexta-feira e domingo, no Centro Pastoral Paulo VI, Fátima.

“A escuta da Palavra leva à obediência da fé, à adesão ao Senhor, à conversão, ao compromisso cristão concreto na prática da justiça e da caridade, a uma vida cristã em comunidade”, assinalou o presidente da CELF, na homilia da Missa conclusiva.

O bispo auxiliar de Lisboa assinalou que existe uma religiosidade “fundada nas tradições, nos preceitos humanos, e não na Palavra de Deus”.

“Jesus entra em conflito com as correntes mais piedosas do judaísmo e chama à atenção para uma religião vazia de Deus e para o pecado de substituir a Palavra de Deus e a sua vontade por tradições humanas, ao serviço dos próprios interesses e dos gostos pessoais”, precisou.

D. Joaquim Mendes pediu que as celebrações católicas não sejam um “espetáculo religioso”, valorizando antes “o mistério”.

Jesus propõe-nos o regresso ao coração, à prática da religião do coração, o regresso ao Evangelho, libertador e renovador, fonte de vida e de pureza espiritual”, acrescentou.

O prelado pediu que os membros do RCC sejam abertos aos desafios deixados pela Palavra de Deus, como fonte da oração e objeto de estudo e reflexão.

“Para todos os cristãos, mas sobretudo para os membros do Renovamento Carismático, renovados pelo amor e Deus e pela força do seu Espírito, a Palavra de Deus deve converter-se em companheira inseparável do seu caminho e em fonte de crescimento espiritual”, assinalou.

RCC nasceu durante um retiro de estudantes da Universidade Duquesne de Pittsburgh (Pensilvânia – EUA), em 1967 e está hoje presente em mais de 200 países, incluindo Portugal, com mais de 120 milhões de membros.

OC

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Agência ECCLESIA

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