Percurso do bispo emérito de Angra é assinalado com publicação de uma obra, pelos dehonianos, que tem o objetivo de ser uma «memória agradecida para o futuro»
Lisboa, 17 mai 2020 (Ecclesia) – D. António Sousa Braga, bispo emérito de Angra, celebra hoje as Bodas de Ouro de Ordenação sacerdotal, assinaladas com uma celebração, em Lisboa, e com a publicação de um livro com testemunhos sobre o seu percurso de vida.
Religioso dehoniano desde 1962, D. António de Sousa Braga foi ordenado padre pelo Papa Paulo VI, em Roma, em 1970, década em que iniciou um percurso nas casas de formação dos dehonianos, onde foi superior provincial aos 35 anos, a partir de 1976 e por dois mandatos, e conselheiro geral, em 1991, até ser nomeado bispo de Angra, em 1996.
Na publicação que assinala os 50 anos de ordenação sacerdotal de D. António de Sousa Braga, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, afirma que o bispo emérito de Angra é um “homem simples e afável, piedoso e prestável”.
Para o cardeal D. António Marto, “sobressai de imediato” a riqueza da humanidade do bispo dehoniano, e o atual bispo de Angra, D. João Lavrador, destaca “a sua simplicidade, proximidade e atenção permanente aos excluídos”.
“A diocese de Angra, nos seus presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas e leigos, marcaram certamente a vida episcopal do Senhor Dom António, mas também é verdade que permanecem, e certamente continuarão por muito tempo, as marcas da sua invulgar personalidade que muito nos engrandece”, afirma D. João Lavrador.
Para o superior provincial dos dehonianos, padre José Agostinho, D. António de Sousa Braga é um “homem atento, generoso e disponível” e “sempre pronto para o muito trabalho que tinha na comunidade, na paróquia e na Província, mas sempre com tempo para o diálogo, para a escuta e o encontro pessoal”.
Numa mensagem vídeo, Carlos César, presidente do Governo Regional dos Açores no período em o homenageado foi bispo de Angra, afirma que D. António de Sousa Braga é um homem “bem amado pelo seu povo”, que fez um “percurso que coincidiu com mudanças muito relevantes” para o arquipélado.
“O nosso bispo, para além do seu bom humor, aportava uma sensibilidade e apurada perceção das desigualdade e da injustiças sociais, dos fenómenos emergentes no nosso tempo e uma enorme vontade servir e de fazer a Igreja servir ainda mais através da Palavra, da ação pastoral, a pedagogia social e um estímulo à cidadania”, afirmou o antigo presidente do Governo Regional dos Açores.
Na edição de homenagem à vida sacerdotal de D. António de Sousa Braga, coordenada pelos padres Manuel Barbosa e Ricardo Freire, afirma-se o objetivo é fazer “uma memória agradecida para o futuro, que bebe das raízes do ser humano, espiritual e pastoral de D.
António Braga”, um sacerdote que tem no seu percurso ser “religioso dehoniano, sacerdote, professor, sociólogo, formador, e superior, Superior Provincial e Conselheiro Geral na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, e Bispo de Angra”.
Para D. António de Sousa Braga, a oração é agora a “cadencia” do seu dia.
“É a celebração da Eucaristia que ocupa o centro do meu dia: não passo sem ela. Tenho por meu companheiro o breviário, sobretudo as leituras do Ofício de Leitura, o do dia e de outros dias, aos quais volto com prazer”, afirma o bispo emérito de Angra num texto publicado na edição de homenagem a D. António de Sousa Braga.
PR