Capela de Eduardo Souto de Moura faz parte desta presença inédita, com 10 capelas, na ilha de San Giorgio Maggiore
Cidade do Vaticano, 25 mai 2018 (Ecclesia) – A Santa Sé inaugura hoje o seu primeiro pavilhão de sempre na Bienal de Arquitetura de Veneza, as ‘Vatican Chapels’, um conjunto de 10 capelas de arquitetos internacionais, incluindo o português Eduardo Souto de Moura.
O presidente do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé), cardeal Gianfranco Ravasi, disse que esta presença católica, na ilha de San Giorgio Maggiore, quer ser uma peregrinação em 10 etapas, para “crentes e não-crentes”, em edifícios que têm como sinais tradicionais dos espaços de culto “o ambão e o altar”.
Para o cardeal italiano, é necessário promover este “diálogo de linguagens”, com a ajuda dos 10 arquitetos, para superar o “divórcio” entre a arte e a fé.
A capela projetada por Eduardo Souto de Moura, vencedor do prémio Pritzker, foi realizada pelo Laboratório Morseletto.
Os outros arquitetos convidados são Carla Juaçaba, Brasil; Smiljan Radic, Chile; Javier Corvalán, Paraguai; Eva Prats & Ricardo Flores (Flores & Prats), Espanha; Sean Godsell, Austrália; Norman Foster, Reino Unido; Andrew Berman, Estados Unidos da América; Teronobu Fujimori, Japão; e Francesco Cellini, Itália.
Francesco Magnani e Traudy Pelzel assinam o pavilhão que acolhe a mostra dos desenhos de Gunnar Asplund para a “Skogskapellet”, a “Capela no Bosque” construída em 1920 por no cemitério de Estocolmo que inspira a presença do Vaticano na XVI Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza.
Francesco Dal Co, curador do pavilhão da Santa Sé, disse ao portal ‘Vatican News’ que estas não são igrejas consagradas, mas “pontos de orientação para o labirinto da vida”.
A presença da Santa Sé em Veneza estende-se até 25 de novembro deste ano.
O presidente do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé) falou desta experiência à Agência ECCLESIA, assumindo a intenção de deixar uma marca significativa neste evento.
“A Santa Sé estará presente em Veneza com um dos pavilhões mais estrondosos”, anunciara o cardeal Gianfranco Ravasi.
OC