Fundão, 19 mar 2017 (Ecclesia) – O bispo da Guarda desafiou a Sociedade de São Paulo (Paulistas) a levar as suas “propostas a outros ambientes” e iniciativas, como a universidade.
“Era importante que este espaço não ficasse fechado, está aqui no Fundão mas pode estar amanhã numa proposta na universidade, numa outra proposta no politécnico, nas paróquias, nos eventos mais importantes”, exemplificou D. Manuel Felício, este sábado na bênção e inauguração da PAULUS Livraria no Fundão.
À Agência ECCLESIA, o bispo da Guarda assinalou a importância de “oferecer” às pessoas a oportunidade de “através da comunicação escrita poder beber as fontes que inspiram”, da Palavra de Deus que são importantes para “o crescimento das pessoas, das instituições, dos lugares”.
O prelado observou que o Fundão “não é bem uma periferia”, mas uma terra com “desenvolvimento notável, com crescimento muito bom”, com iniciativas sociais, empresariais e mesmo com a universidade na Covilhã “hoje os espaços são muito envolventes, as pessoas deslocam-se com muita facilidade”.
O diretor-geral da Paulus em Portugal explicou que os Paulistas estão na Diocese da Guarda com presença apostólica desde 1997 quando abriram a primeira livraria também no Fundão, passado 10 anos foram para a Covilhã e agora, 20 anos depois, regressam à origem.
“Cumprimos o que o Papa Francisco deseja para a Igreja, que possamos ir para as periferias falar de Jesus Cristo, levar a Boa Nova, levar a alegria do Evangelho, de Jesus a toda a humanidade”, acrescentou o padre José Carlos Nunes.
À Agência ECCLESIA, o sacerdote referiu que para além de livros de âmbito religioso e temática religiosa pode-se encontrar na Paulus Livraria temáticas de atualidade, “na área da dignidade e dignificação do ser humano”, o clero, sobretudo, “algumas alfaias litúrgicas, objetos religiosos”.
O padre José Carlos Nunes assinalou que gostam que as livrarias sejam “centros de cultura religiosa e formação humana cristã”, por isso, têm também um espaço polivalente que ai estar “à disposição dos movimentos da Igreja, da paróquia e algumas associações”.
A bênção e inauguração da PAULUS Livraria no Fundão contou com a presença do superior-geral da Sociedade de São Paulo para afirmou ser “sempre uma a alegria” inaugurar uma livraria porque têm como “missão a evangelização com a comunicação”.
O padre brasileiro Valdir José de Castro foi eleito em 2015 num capítulo geral que teve como tema ‘Tudo faço pelo Evangelho (1Cor 9,23). Paulistas, evangelizadores-comunicadores. Em Cristo novos apóstolos para a humanidade” e agora destacou que cumprem esse mandato através dos meios de comunicação social – imprensa, radio, tv, imagem – “apresentando e levando o Evangelho mais perto das pessoas”.
Por sua vez, o novo superior regional Portugal-Angola que iniciou funções para um mandato de três anos na quinta-feira, dia 16, disse à Agência ECCLESIA, que a livraria era uma “paróquia da cultura”.
“Como numa paróquia a gente vai para alimentar espírito através da escuta da Palavra de Deus, da Eucaristia, também vem para uma livraria alimentar o nosso espírito”, desenvolveu o padre Manoel Quinta, recordando a expressão do arcebispo D. Dadeus Grings quando inauguraram uma livraria em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, destacou ainda a forma como a Paulus “trata os temas religiosos mas, principalmente, as variadíssimas aplicações da vida” tem granjeado muito interesse por parte das pessoas.
CB