Igreja/Cultura: José Mattoso quer «atos de solidariedade» na construção da fraternidade universal

Historiador reflete sobre «Sabedoria e Fraternidade» na sétima Jornada Nacional da Pastoral da Cultura

Fátima, 17 jun 2011 (Ecclesia) – José Mattoso disse hoje que a sabedoria “mostra que cada gesto de solidariedade”, cada “ato de maior renúncia a favor de alguém” representa “mais um passo que nos aproxima da fraternidade”.

“Estes gestos são sinal de que a humanidade pode esperar a realização da fraternidade universal”, afirmou o historiador na conferência inaugural «Sabedoria e Fraternidade», na sétima Jornada da Pastoral da Cultura, que hoje decorre em Fátima.

José Mattoso recordou que o conceito de Fraternidade, “imanada de 1789”, “apelava a uma igualdade não entre irmãos de sangue, mas de crença; apelava não à fraternidade humana, mas divina”.

Por isso, reconhece o historiador, os três conceitos não podem deixar de ser considerados valores incontestáveis, “seja para crentes ou não crentes”, apesar de a evolução cultural “não ter seguido esse sentido”.

Hoje, “mais bem informados”, refletiu o historiador, “sabemos bem que o progresso técnico, só veio aprofundar o fosso que separa os seus beneficiários das suas vítimas”.

“Se algum progresso houve foi à custa da fraternidade”, pois “a técnica e a racionalidade são impotentes para resolver os problemas da humanidade”.

“A sabedoria diz que é preciso temperar, por meio da teoria e da prática, por meio de sinais, com a atenção aos pequenos gestos, com a gratuidade e dom, com o respeito da dignidade de cada homem, mulher e crianças, pela evidência de que o mundo em que vivemos é limitado”.

José Mattoso afirmou que a sabedoria “faz acreditar que as pequenas ou grandes realizações são sinal de que a humanidade pode continuar a esperar a realização da fraternidade universal”.

Estes são “sentimentos que temos de conquistar em nós. Podemos sofrer, mas não podemos sucumbir”, indicou o historiador, acrescentando que “com um novo olhar sobre o mundo seremos capazes de ver o que já existe na humanidade”.

A sétima jornada da Pastoral da Cultura, dedicada ao «Elogio da Fraternidade», decorre hoje em Fátima.

LS

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