Igreja/Cultura: «Isto é o meu Corpo»

Lisboa, 23 jun 2011 (Ecclesia) – O Centro Cultural do patriarcado de Lisboa está a promover, até 24 de julho, uma exposição intitulada «Isto é o meu Corpo», no contexto da celebração da solenidade do Corpo de Deus, que hoje se celebra.

A mostra tem por objetivo “aprofundar o sentido da Eucaristia como atitude de ação de graças e adoração de Jesus Cristo”, reunindo peças de ourivesaria “associadas ao culto do Corpo e Sangue de Cristo” e um “políptico da última ceia”, da autoria da pintora contemporânea Isabel Nunes, obra com um painel central com a figura de Cristo ladeada por 12 outros pequenos painéis.

Em declarações ao programa ECCLESIA, o padre António Boto de Oliveira, diretor do Centro Cultural do patriarcado, recorda que “desde muito cedo se sentiu necessidade, na própria celebração da eucaristia, o povo de Deus ver a hóstia”.

Daí, explica este responsável, terem surgido objetos de culto ligados à “guarda, reserva e, ao mesmo tempo, ostentação da espécie eucarística” – hóstia que os católicos acreditam ser o próprio Jesus Cristo.

O sacerdote alude à criação de peças artísticas “necessidade de ver o Santíssimo Sacramento, com elementos que derivam da lógica do relicário”, apresentando a hóstia para a “adoração”.

“A arte ajuda-nos a ler, a perceber o que estamos a celebrar, suscita um olhar mais atento”, considera o padre António Boto de Oliveira.

A exposição «Isto é o meu Corpo» pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00.

A solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como “Corpo de Deus”, começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula “Transiturus”, em 1264.

Hoje denomina-se solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, tendo praticamente desaparecido a festa litúrgica do “Preciosíssimo Sangue”, a 1 de julho.

A procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que “onde, a juízo do bispo diocesano, for possível, para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima eucaristia faça-se uma procissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo”.

PTE/OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top