Igreja/Cultura: Diplomacia e o ecumenismo a partir da biblioteca do Vaticano

Cidade do Vaticano, 24 dez 2014 (Ecclesia) – A diplomacia do Vaticano, o ecumenismo e a nova evangelização a partir da cultura, nomeadamente através da biblioteca é o que explica o bibliotecário da Igreja e arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano.

O cardeal D. Jean-Louis Bruguès é referenciado como um “veterano de missões importantes” de cooperação com várias bibliotecas de outros países onde se inclui as da China, Cuba e mais recentemente a Biblioteca Nacional da Sérvia.

Para o responsável é preciso começar por recordar que Adolf Hitler “mandou queimar a Biblioteca Nacional” que é como “queimar/cancelar uma memória”.

À Rádio Vaticano, D. Jean-Louis Bruguès frisa que o país inteiro tinha perdido a memória e pediram à Biblioteca do Vaticano para “recuperar alguma coisa, alguns pedaços” que esta tinha do seu passado, da “identidade do próprio país”.

“A Igreja local dominante é Ortodoxa e tivemos uma relação político-humanística com a Biblioteca Nacional e uma relação ecuménica com o Patriarcado”, observa.

Na opinião pessoal do bibliotecário da Igreja e arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano este contacto também foi “muito positivo” para a “pequeníssima” Igreja Católica que existe na Sérvia.

“Criamos uma montra para a Igreja Católica, dando a esta pequena Igreja mais credibilidade, mais visibilidade”, acrescentou.

Neste contexto, o entrevistado destaca que a cultura está a desempenhar “um papel central na política”, não só entre os Estados mas dentro do próprio país e recorda o Papa emérito Bento XVI para quem a nova evangelização “passa pela cultura”.

“Esta importante Biblioteca Nacional pediu à nossa uma relação de patrocínio”, informa o prelado que explica que desta forma a Biblioteca do Vaticano passa a ser para “uma mãe de cultura”.

“Fizemos isto em Belgrado mas também na Bulgária e há pouco tempo com alguns países latino-americanos, como Costa Rica, Cuba, Colômbia e Chile”, exemplificou D. Jean-Louis Bruguès.

Para o prelado estes países, com motivos diversos, querem “desenvolver uma política cultural” onde a Biblioteca Nacional pode ter um “papel muito importante” e como “não têm uma tradição de cultura da memória” não puderam criar bibliotecas ou arquivos.

RV/CB/PR

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Agência ECCLESIA

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