Mais de 200 padres ouviram conferência de Marcelo Rebelo de Sousa
Guimarães, Braga, 27 jun 2012 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga revelou hoje à Agência ECCLESIA a intenção de que a ação da Igreja Católica na região seja “capaz de responder aos desafios da modernidade”.
D. Jorge Ortiga falava após a conferência que o professor universitário e comentador Marcelo Rebelo de Sousa proferiu esta manhã em Guimarães, sobre o tema ‘A Cultura e os Sacerdotes’, perante mais de duas centenas de padres.
Para o prelado, um dos destaques do encontro foi a “necessidade de se mudar de linguagem”.
O arcebispo de Braga pretende que a linguagem dos padres seja “menos hermética e mais compreensível” porque “nem sempre as pessoas entendem a mensagem que se quer comunicar”.
D. Jorge Ortiga destaca que a iniciativa realizada em Guimarães teve uma “dupla finalidade”: “Tomar consciência de uma nova cultura que nos envolve em termos de modernidade” e “consciencializar da mudança que tem diversas características”.
Nesta mudança é “importante reconhecer quase uma revolução cultural”, frisou.
Como a mensagem “não é apenas verbal”, o arcebispo de Braga sublinha que esta passa também pelo “diálogo nas diversas vertentes culturais, tanto da ordem filosófica como literária”.
Para o prelado, a cultura tem de se reencontrar com “a realidade da família, com a escola e com a juventude e suas interpelações”.
A dimensão artística – “campo musical, arquitetónico, escultura, literatura” – também deve estar “presente na Igreja”, prosseguiu.
Num Portugal “amargurado”, o contacto com as pessoas que vivem sós e na solidão deve fazer parte da “linha de ação” eclesial, “a cultura da linha da convivência”.
A Igreja deve mostrar que “é possível fazer convergir as diversas tendências” e os “diversos modos de compreender a vida”.
D. Jorge Ortiga, espera que, ao longo de 2012, “realidade da cultura, a partir de Guimarães, e da juventude, a partir de Braga”, ambas capitais europeias, “interpelem” a comunidade católica.
LFS