Espaço quer potenciar «celebração de culto, oração e meditação»
Porto, 01 ago 2020 (Ecclesia) – A ‘Capela Cohen’, edifício nos Alpes suíços com assinatura do arquiteto português Joaquim Portela, ficou em terceiro lugar no Prémio Internacional de Arquitetura Sacra que foi atribuído esta quinta-feira, pela Fundação ‘Frate Sole’ (Itália).
“É a materialização de um espaço, que procura criar no tempo, um momento, de alguma forma especial”, disse o arquiteto português à Agência ECCLESIA, quando foram anunciados os 10 finalistas ao prémio internacional italiano.
A ‘Capela Cohen’ é um projeto de 2017, num espaço privado nos Alpes Suíços, que visa potenciar a “celebração de culto, oração e meditação” e, esta quinta-feira (30 de julho), foi distinguida com o terceiro lugar no Prémio Internacional de Arquitetura Sagrada, organizado pela Fundação Frate Sole.
O primeiro lugar foi atribuído à igreja Seliger Pater Rupert Mayer, na Alemanha (2018), pelos arquitetos Andreas Meck (falecido) e Axel Frühauf, e em segundo ficou o Santuário Señor de Tula, no México (2020), concebido por Derek Dellekamp, Jachen Shleich e Camilo Restrepo.
Os vencedores da sétima edição do prémio, que é entregue de quatro em quatro anos, receberam o valor de 15 mil euros, ao segundo e terceiro premiado, respetivamente, 10 mil euros e cinco mil euros.
A cerimónia de entrega dos prémios está prevista para 3 de outubro, na cidade italiana de Pavia, sede da Fundação Frate Sole.
À Agência ECCLESIA, Joaquim Portela referiu a importância dada à luz, que “tem sempre uma importância enorme em qualquer projeto”, e neste em particular, “pelo que simboliza e pela forma do edifício, que a procura”.
O espaço no meio da natureza, nos Alpes suíços, “foi um desafio enorme”, porque “é sempre difícil acrescentar valor ao que por si já é belo”, acrescentou em declarações a 16 de julho.
A ‘Capela Cohen’, distinguida, em 2019 com o prémio da A’ Design, é um dos finalistas do Prémio Internacional de Arquitetura Sacra, da fundação italiana ‘Frate Sole’, de Pavia, e quando foram convidados a participar ficaram “muito satisfeitos e agradecidos”.
“Ser um dos 10 finalistas é em si já um grande reconhecimento do nosso trabalho, por tão prestigiada fundação”, assinalou Joaquim Portela, arquiteto com gabinete na cidade do Porto.
Os sete restantes finalistas, entre os quais a igreja do Divino Salvador, em Freamunde, na Diocese do Porto, foram definidos como “Embaixadores do Prémio Internacional de Arquitetura Sagrada” para o quadriénio 2020-2024.
No ano 2000, o vencedor foi o arquiteto português Álvaro Siza Vieira com a igreja de Santa Maria, na Paróquia de Santa Marinha de Fornos, em Marco de Canaveses, Diocese do Porto.
CB/OC