Eventos culturais em 2023 foram perto de duas centenas, afirma diretor-geral da casa de cultura dos jesuítas portugueses
Lisboa, 05 jan 2024 (Ecclesia) – O padre Francisco Mota, diretor-geral da Brotéria, no Bairro Alto, em Lisboa, apela à participação de todos nas atividades da casa de cultura dos jesuítas portugueses para que, em 2024, seja possível contar com “uma comunidade alargada”.
“Seria uma alegria poder contar, durante o ano de 2024, com a presença de uma comunidade alargada, que siga a nossa programação, que visite a nossa casa, mas também que vá ajudando a melhorar aquilo que nós fazemos, que vá ajudando a melhorar a nossa maneira de fazer, que se associe com a sua amizade, mas que se associe também com a sua exigência”, disse o sacerdote jesuíta, na carta do diretor divulgada em vídeo enviado à Agência ECCLESIA.
O diretor-geral da Brotéria espera que as várias iniciativas ajudem “a mostrar que o mundo é bom, está cheio de esperança, está cheio de bondade, mas também que tudo aquilo que no mundo é sinal de tensão e de violência e de opacidade pode de alguma maneira ser contrariado, combatido e melhorado”.
Neste ano, tal como em 2023, o padre Francisco Mota quer garantir que a “Brotéria é um sítio que se põe ao serviço de mostrar, revelar e encontrar bons lugares, lugares que sejam reveladores de esperança, de bondade, de humildade, de serviço e de generosidade”, bem como “de tudo aquilo que faz parte da identidade de um espaço”, como a casa de cultura.
O sacerdote jesuíta informa que a Brotéria tem um “conjunto grande de patrocinadores, de mecenas” que ajudam a garantir a missão daquela casa, contributo este que é partilhado por muitas famílias, pessoas individuais e empresas que “acreditam na missão” que ali acontece.
No início da mensagem, o diretor-geral fez uma retrospetiva do ano de 2023, salientando que foi “extraordinário”, registando-se 50 mil visitantes presenciais à casa, o que permitiu voltar a fazer 10 lançamentos da revista Brotéria, que celebra 122 anos.
A publicação teve quatro dos lançamentos realizados em Lisboa e seis fora da cidade, “na procura de chegar a outras comunidades ou outros públicos”, mostrando que que o desejo de levar a cultura a todo o país “é uma coisa que importa”, na qual a Brotéria se empenha e está comprometida, diz o responsável.
“Foi um ano em que tivemos, entre 180 a 200 eventos culturais no total, conferências, cursos, workshops, por aí adiante, e um ano em que, em geral, tivemos a nossa equipa a crescer, a desenvolver-se, a procurar adaptar-se cada vez mais às necessidades daquilo que são os nossos dias e a missão de um pequenino espaço cultural como o nosso, onde a fé cristã procura encontrar-se com as culturas urbanas contemporâneas”, destaca.
Além disso, o padre Francisco Mota assinala que em 2023 iniciaram-se na Brotéria “um conjunto de pequeninas obras” de forma a tornar a casa “mais confortável” e “acessível” a todos que visitam a casa.
“O ano de 2024, que agora começa, começa com um conjunto de alegrias e entusiasmos, pelo que recebemos no passado, mas também de exigências, entre outras coisas, neste ano que agora tem início, a Brotéria terá de angariar entre 100 e 150 mil euros para juntar ao resto do seu orçamento, para garantir que a sua missão é possível”, revela.
A casa de cultura dos jesuítas portugueses, que está aberta no Bairro Alto, em Lisboa, há quatro anos, é um espaço para debates, exposições, cursos e conferências, tem uma loja online, e é a sede da Revista Brotéria, que celebra 122 anos como publicação ininterrupta.
LJ/PR