Encenadora levou musical dedicado a Santa Teresinha ao palco, em Lisboa










Lisboa, 15 set 2025 (Ecclesia) – A encenadora do musical ‘Thérèse Martin’, que apresenta a biografia de Santa Teresinha do Menino Jesus, considera que a arte é uma “porta aberta para o infinito”.
“A arte toca o transcendente e é uma porta aberta para o infinito” disse Matilde Trocado à Agência ECCLESIA.
O musical esteve no palco do Teatro Camões, em Lisboa, entre sexta-feira e domingo.
Promovido pela Ordem dos Padres Carmelitas Descalços em Portugal, o espetáculo, com cerca de hora e meia, tem por base os manuscritos de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face, nascida em 1873, em Alençon, em França, que entrou no convento aos 15 anos e se tornou monja carmelita.
“Em tão pouco tempo, não conseguimos contar tudo sobre a vida de Santa Teresinha”, admite Matilde Trocado.
Entre os espectadores na noite de estreia esteve Luis Correia, que falou à Agência ECCLESIA de uma experiência “absolutamente espetacular”.
“Serviu para experienciar emoções de uma forma mais intensa”, declarou.
Maria Costa, por sua vez, disse que viveu um “momento incrível” e “uma história muito tocante”.
Na plateia esteve também D. Alexandre Palma, bispo auxiliar de Lisboa, que sublinhou a importância da arte no caminho da evangelização.
“É, no fundo, a procura de linguagens para fazer passar o texto da vida cristã” porque “estamos muito habituados ao texto lido, estamos habituados ao texto escutado, estamos habituados, se calhar, um pouco menos ao texto cantado e o texto representado”, mas “nesta combinação de todas estas linguagens no palco, trazer também vida ao texto, para trazer também o texto para a vida”, reconhece.
Além dos atores, o espetáculo conta com uma orquestra de 13 músicos, que tocam piano, flauta transversal, oboé, violino, violoncelo, guitarra, bateria, violino, viola d’arco, trompa, clarinete, baixo e contrabaixo e trombone.
D. Rui Valério assistiu à estreia e disse que o palco do Camões acolheu no “seu coração a vida do Carmelo, o seu silêncio, o seu sentido de beleza, aquela maneira de viver um quotidiano em que cada espaço da terra fazia lembrar o céu, cada espaço de tempo evocava a eternidade”.
“A representação tem este condão de nos fazer e de nos tornar participantes daquilo que acontece, do acontecimento que ali está a desenrolar-se, da história que ali está a descrever-se”, acrescentou o patriarca de Lisboa.
Para D. Rui Valério, a arte é uma maneira “de chegar a todas as franjas da sociedade”.
O padre João Rego, sacerdote carmelita, entende que este musical toca “os corações e desperta o desejo de conhecer mais” a vida de Santa Teresa do Menino Jesus.
“Teresinha antecipou-se ao Concílio Vaticano II, não digo eu, dizem os teólogos, isto da santidade para todos, deste chamamento universal à santidade”, completou o religioso.
O musical regressa aos palcos no Coliseu do Porto, a 30 de setembro.
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