Igreja critica novas leis de imigração e de asilo na Suíça

A Igreja Católica na Suíça lamentou a aprovação de novas leis mais restritivas para a imigração e o direito de asilo, após o referendo ontem realizado no país. Cerca de 68 por cento dos suíços votou a favor da nova lei sobre a imigração e 67,8 por cento a favor de limitar as condições de acesso ao direito de asilo. Para a Conferência Episcopal Suíça, ganhou o “medo da invasão e do estrangeiro”. O Bispo Ivo Fürer referiu à agência católica APIC que “há pessoas perseguidas a precisar de ajuda”, uma dimensão que considera ter sido esquecida na campanha, centrada “nos abusos no campo do asilo e dos estrangeiros”. As Igrejas cristãs empenharam-se na campanha contra o endurecimento das leis do asilo e da imigração, mas os seus argumentos não foram acolhidos pela população. Por seu lado, William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), disse que “estamos decepcionados, ainda para mais num momento em que os pedidos de asilo estão no nível mais baixo, em 20 anos. A Suíça adoptou uma das legislações mais restritivas da Europa, e outros países poderão seguir o exemplo”. A nova lei sobre o direito de asilo prevê a rejeição dos pedidos de pessoas desprovidas de documentos de identidade. A lei suprime também a ajuda social a favor daqueles a quem seja negado direito de asilo. Essa contribuição, contudo, é substituída por uma “ajuda de urgência” de 960 francos suíços por mês (604 Euros), um montante considerado, pelas associações, como o mínimo vital.

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Agência ECCLESIA

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