Conferência Episcopal Portuguesa vai dedicar Semana Social deste ano à dinâmica entre «Estado Social e Sociedade Solidária»
Porto, 22 nov 2012 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga, diz que a colaboração católica na construção de “uma sociedade mais solidária”, no atual contexto de crise, é “um dever e uma obrigação”.
Numa mensagem vídeo publicada no âmbito do lançamento da Semana Social da Igreja Católica, que vai decorrer no Porto entre setxa-feira e domingo, o arcebispo de Braga recorda as dificuldades que o “Estado Social” está a atravessar, para atender às necessidades dos mais desfavorecidos.
O prelado mostra-se convicto de que “é possível” dar a volta à situação, através do contributo de todos os fiéis, “particularmente aqueles que trabalham de um modo mais interventivo na questão social”, e de um “pensamento estruturado a partir da Doutrina Social da Igreja”.
Só assim a fé católica poderá continuar “a ser uma presença de esperança, de confiança e de construção de um futuro melhor”, aponta.
Vários responsáveis da sociedade civil e promotores da ação social da Igreja Católica em Portugal, entre leigos, padres e bispos, reúnem-se para a Semana Social 2012, dedicada ao tema ‘Estado Social e Sociedade Solidária’.
O evento, acolhido pela Casa de Vilar, no Porto, conta com a participação de agentes das mais diversas áreas sociais, como Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura, Alfredo Bruto da Costa, responsável pela Comissão Nacional Justiça e Paz e Eugénio da Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa.
Para o anfitrião da iniciativa, “o apelo à sociedade solidária é fundamental”, numa altura em que as ajudas sociais por parte do Estado “não estão tão sólidas”.
“O Estado Social é um ideal ao qual não se pode fugir e que é preciso garantir no futuro”, mas enquanto não acontece essa retoma cabe à sociedade civil trabalhar “para que nenhum setor da população fique de fora daqueles cuidados essenciais que têm de ser absolutamente garantidos”, conclui D. Manuel Clemente.
JCP
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