Responsáveis católicos sublinham desafios levantados pelo aumento da pobreza
Lisboa, 02 mar 2015 (Ecclesia) – A Semana nacional da Cáritas, que decorre até domingo, quer ser uma oportunidade de alerta para as realidades mais desfavorecidas em cada diocese, apelando à solidariedade dos portugueses no peditório de rua os próximos dias 5 e 8.
A Cáritas de Viana do Castelo explica que são estas ofertas, entre outros meios, a “fonte que permite dispor de fundos para auxiliar o nosso semelhante”.
“Em 2014 conseguiu-se fundos para que nos 1160 atendimentos sociais, aplicássemos o montante de 86 090,84 euros de amparo familiar”, destinados a géneros alimentares, medicamentos, pagamento despesas como rendas de casa, água, luz e gás e apoio escolar.
“É vergonhoso observarmos que o risco de pobreza e de exclusão social tem aumentado e Portugal voltou aos níveis de há dez anos”, lamentam os responsáveis, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
A semana nacional da Cáritas está em destaque na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA, iniciativa que tem como tema ‘Num só coração, uma só família humana’.
Os responsáveis da organização católica em Viseu revelam que investem na “promoção e desenvolvimento” de todas as pessoas através das suas respostas sociais que envolvem crianças, jovens, famílias, minorias étnicas, imigrantes: “Em diferentes áreas como a educação, a formação, a procura de emprego, em prol dos mais desfavorecidos e carenciados”.
A Cáritas da Diocese Leiria-Fátima, por sua vez, adianta que ajudou um total de 484 famílias – 1272 pessoas – em 1491 atendimentos: 1003 atendimentos sociais e 488 na loja solidária.
A instituição revela que a maioria são famílias monoparentais ou casais “em situação de desemprego” que não conseguem dar resposta às “necessidades mais básicas”.
Na Diocese Leiria-Fátima, a Cáritas “promoveu iniciativas” junto da comunidade, devido ao aumento de pedidos de ajuda, entre as quais o projeto ‘Explica-me’, da Cáritas Jovem, onde 16 adolescentes recebem apoio de 10 explicadores.
Já na Cáritas de Santarém, os recursos são canalizados para o pagamento de rendas, água, luz, saúde, jardins-de-infância, alimentos, problemas que “muitas vezes são resolvidos”.
“A Igreja, ao dedicar uma semana à caridade, revela bem a sua preocupação com os pobres, os desprotegidos e os mais fracos”, escreve Túlia Velosos de Sá Correia, presidente da organização diocesana.
CB/OC