Igreja/Crise: Bispo das Forças Armadas e da Segurança pede atenção aos mais «fragilizados»

Cumprimento das metas do défice deve ser aproveitado para a procura de uma maior «justiça social», realça D. Manuel Linda

Fátima, Santarém, 24 jan 2013 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e da Segurança, D. Manuel Linda, que hoje tomou posse canónica em Fátima, espera que o cumprimento da meta do défice estipulada pela troika dê lugar no futuro a medidas socioeconómicas mais justas.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o prelado considerou essencial “que quem tenha poder executivo na mão tente que as condições sejam divididas de forma mais equitativas por todos, não apenas por aqueles que já estão fragilizados”.

De acordo com um relatório da Divisão-Geral do Orçamento, o défice das contas públicas portuguesas relativo ao ano passado foi de 7 milhões e 152 mil euros, 1 milhão e 749 mil euros baixo do limite fixado pelo Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu.

Um dos aspetos que contribuíram para o reequilíbrio das contas foram os cortes registados na Segurança Social, que representaram um excedente na ordem dos 400 mil euros.

“Sem querer dar conselhos ao Estado” no modo como deve fazer o seu trabalho, D. Manuel Linda questiona a “metodologia” utilizada “para atingir este reequilíbrio” de contas.

“Não haverá critérios de mais justiça social? Não podem ser todos chamados a contribuir para esse reequilíbrio, terão de ser só os reformados ou aqueles que são funcionários do Estado?”, pergunta o bispo das Forças Armadas e da Segurança.

O prelado sublinha a importância das instâncias governativas reformularem as políticas de apoio aos desempregados e de darem mais atenção à situação dos idosos, que representam uma fatia cada vez maior da população.

“Admito que o Estado não possa dar muito mais nas reformas, mas algumas é aquilo que se convencionou chamar de reformas de miséria”, lamentou.

LS/JCP

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Agência ECCLESIA

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