Igreja: Convívios Fraternos projetaram futuro em Congresso, sublinhando necessidade de «sentido» para as novas gerações

45.º Encontro Nacional decorreu em Fátima

Fotografias de estúdio da Imagem de Nossa Senhora de Fátima

Fátima, 10 set 2018 (Ecclesia) – O movimento dos Convívios Fraternos promoveu em Fátima o Congresso Nacional “Novos Rumos”, destacando a atualidade da proposta de “sentido” para a vida das novas gerações.

“A semente germinou, cresceu e deu frutos. Vejo [o futuro] com muita esperança, porque para mim este movimento não está ultrapassado, 50 anos depois”, disse à Agência ECCLESIA o fundador do movimento, o padre Valente de Matos.

O sacerdote destacou a “atualidade” da proposta de “experiência de Deus”, feita por jovens católicos que vivem a Igreja “nos dias de hoje”, aos que possam estar mais “afastados”.

“Deus é indiferente na vida de muitos jovens e, se calhar, nessa indiferença andam à procura de razões válidas para viver e de um sentido”, advertiu.

Para o padre Valente de Matos, a proposta do Convívio Fraterno quer responder a uma “crise de sentido” que leva a “tantos suicídios” entre as novas gerações, sem “estar à espera que os jovens venham à Igreja”, mas indo ao seu encontro.

O responsável recordou a “esperança” de que a experiência feita em Castelo Branco, em 1968, se projetasse “através dos tempos”, assinalando que aquilo que deu sentido ao seu sacerdócio foram os milhares de jovens e centenas de casais que “encontraram um sentido para a sua vida”.

Fátima acolheu o 45º Encontro Nacional dos Convívios Fraternos, com o tema “Haja Festa de mãos dadas”, bem como o Congresso Nacional “Novos Rumos”.

Henrique Delfina, da equipa de organização do Congresso Nacional, explica à ECCLESIA que a iniciativa surgiu no contexto dos 50 anos dos Convívios Fraternos, para debater as experiências de cada diocese, com realidades diferentes.

“O que fizemos aqui foi partilhar esta aprendizagem, juntando o conhecimento para que possamos crescer com outras dioceses, voltar às origens, passar para a fase seguinte e fazer coisas diferentes”, precisou.

D. António Moiteiro Ramos, bispo da diocese de Aveiro, presidiu à Missa que encerrou a peregrinação nacional dos Convívios Fraternos, no Santuário de Fátima, este domingo.

“Há muitas pessoas que ainda não ouviram falar de Jesus porque ninguém lhes falou dele”, disse, na homilia da celebração, “mas para que essa pessoa oiça, é preciso que essa pessoa esteja disposta a abrir o seu coração para a mensagem que liberta e dá vida”.

Fundado a 17 de maio de 1968, em Castelo Branco, pelo padre Valente de Matos, o Movimento Convívios Fraternos é, desde 2010, reconhecido pela Conferência Episcopal Portuguesa.

OC

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Agência ECCLESIA

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