Igreja contra o facilitismo no divórcio

«Divórcio electrónico» preocupa os Bispos, que defendem aconselhamento e ponderação O Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, considera que o aparecimento do portal na Internet onde as pessoas se podem divorciar em poucos minutos “é quase uma promoção ao divórcio”. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Jorge Ortiga realça que “ninguém ignora que a vida de amor num casal tem os seus momentos: umas vezes na alegria e felicidade e outros com algumas dificuldades”. Januário Lourenço, mandatário judicial, afirmou em declarações à Lusa que este serviço “disponibilizado de forma gratuita para divórcios simples (sem bens ou filhos comuns) é célere, reduzindo o tempo médio do processo, que envolve requerentes, procuradores e conservatória”. Será possível divorciar-se através da Internet entre 4 e 20 minutos, desde que estejam disponíveis todos os elementos relativos aos cônjuges e procuradores. A Igreja “nunca aceitará o divórcio” e esta medida “é enveredar pelo facilitismo” – afirma D. Jorge Ortiga. O Presidente da CEP sublinha que “não há amor sem sofrimento e sem dor”. Quando se pretende “um amor alheio a qualquer contratempo entra-se no amor platónico”. “A ponderação e o aconselhamento” são fundamentais no matrimónio, aponta. As dificuldades tornam “o amor mais adulto e consciente”. Para D. Jorge Ortiga, o país está a “facilitar demasiado nestas áreas”. Sem os fundamentos, “a fidelidade, sinceridade e verdade” desaparecem porque “as pessoas andam ao sabor imediato” – frisou. A Igreja tem um papel evangelizador e “alerta para a realidade deste amor que cresce, mesmo nos momentos de sofrimento”. O Arcebispo finaliza: “O divórcio não é solução”.

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