Passagem da Cruz das Jornadas por Lisboa foi prova de vitalidade
Tiago Krug, da paróquia de Carnide, foi um dos jovens que se disponibilizaram para ajudar na organização do acolhimento à Cruz das Jornadas, em Lisboa.
A sua missão começou no dia 16, quando foi com um grupo de representantes da diocese a Coimbra, para buscar aquele símbolo e o ícone de Maria que o acompanha.
“Sentimos que esta Cruz depende de nós, para ir de terra em terra. Estivemos lá para recebê-la e tratá-la da melhor forma, entregámo-nos de coração a este projecto que Cristo nos dá”, conta o jovem de 28 anos, recordando aquele primeiro contacto.
No dia 17, já em Lisboa, centenas de pessoas estiveram a adorar a Cruz das Jornadas, na igreja de Nossa Senhora de Fátima. Apesar do início da oração só estar previsto para as 15 horas, foram muitos os fiéis que por ali passaram, desde a manhã.
Tiago Krug considera que essa afluência “simboliza muito esta Igreja que continua jovem”, realçando “o ambiente forte e familiar” que se criou entre todos.
Tendo testemunhado, em primeira-mão, o poder de mobilização que a Cruz tem, o jovem de Carnide garantiu que vai participar, pela primeira vez, nas Jornadas Mundiais da Juventude, que vão ter lugar no próximo ano, em Madrid.
“Às próximas eu não falto, porque é algo que ganha cada vez mais sentido na minha vida e é uma oportunidade para estar com milhares de jovens que acreditam, como eu, que Cristo faz a diferença nas nossas vidas” sublinha Tiago Krug.
“Queremos testemunhar, para o mundo todo, que a Igreja não está morta, que é dos tempos modernos, que nos dá soluções e um sentido diferente à vida”, reforça ainda.
A Jornada Mundial da Juventude foi uma iniciativa criada por João Paulo II, que considerava que o principal objectivo era “fazer da pessoa de Jesus o centro da fé e da vida de cada jovem, para que Ele possa ser o seu ponto de referência constante e também a inspiração para cada iniciativa e compromisso, para a educação das novas gerações”.
Palavras expressas pelo antigo Papa, por ocasião de um seminário sobre as Jornadas Mundiais da Juventude, organizado na Polónia em 1996, mas que permanecem bem actuais na consciência dos jovens.
Cristina Mendes, da Paróquia de Santo Adrião, já esteve em duas Jornadas Mundiais, onde só conseguiu ver a cruz à distância.
Depois de, em Lisboa, ter tido a oportunidade de finalmente se aproximar dela, confessou ser “uma grande emoção e uma graça” estar “tão perto” de uma cruz que, para os jovens, “diz muito”.
Por seu lado, Filomena Jacinto acentuou que rezar diante da cruz “é sentir o expoente máximo” da fé”: “foi na cruz que Jesus morreu por mim e ela faz todo o sentido na minha vida”.