Responsáveis sublinham importância da iniciativa internacional que decorre na Cova da Iria
Fátima, Santarém, 06 set 2016 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima e o reitor do Santuário de Fátima acolheram esta tarde os participantes do Congresso Mariológico Mariano Internacional intitulado ‘O acontecimento Fátima cem anos depois. História, mensagem e atualidade’, que termina este domingo.
D. António Marto agradeceu à Pontifícia Academia Mariana Internacional por ter aceitado a proposta do santuário da Cova da Iria para a realização do Congresso Mariológico Mariano Internacional no âmbito do Centenário das Aparições (1917-2017).
O prelado considera que o encontro internacional “corresponde ao anseio e necessidade” do “estudo rigoroso e científico” por peritos em mariologia, onde vão também “aprofundar” a atualidade e dimensão profética da mensagem mariana de Fátima “para a humanidade”.
Segundo o bispo de Leiria-Fátima, a relação com o contexto “histórico mundial, eclesial e político”, como acontecimento na Igreja e no mundo, talvez “só hoje”, passado um século, se consiga “entender com maior profundidade, riqueza, beleza e verdade”.
D. António Marto acrescentou que Fátima merece a “dedicação” do congresso de alto nível e manifestou contentamento pelo “interesse” que o tema “despertou” nos grupos linguísticos e nas sociedades mariológicas dos diferentes continentes.
“Fátima é acontecimento incontornável para a história da Igreja e da humanidade e com alcance universal único, um sinal dos tempos”, sublinhou, recordando uma mensagem do Papa S. João Paulo II, de 1997.
Por sua vez, o reitor do Santuário de Fátima destacou que a possibilidade de “associar-se” à realização do congresso é a “concretização da missão” do santuário, pelo que o congresso representa para o seu “estudo científico”.
“Permitirá fazer o balanço dos estudos científicos feitos até à data, aprofundar as várias dimensões da mensagem deste evento mariofânico, refletir sobre a atualidade dessa mensagem e abrir perspetivas de estudo, aprofundamento e investigação posteriores”, desenvolveu o padre Carlos Cabecinhas.
“Só assim poderemos alcançar uma perceção aprofundada deste rico e significativo acontecimento”, acrescentou.
O sacerdote destacou que o Congresso Mariológico Mariano “não se trata apenas” do estudo científico do acontecimento Fátima ou de um congresso mariológico mas também de “um evento ‘mariano’, com uma dimensão celebrativa igualmente importante”.
O reitor frisou que o objetivo de “promover o conhecimento e divulgação” da mensagem de Fátima “há muito” que acompanha a vida e iniciativas do santuário, como é exemplo o arquivo, criado pelo bispo D. José Alves Correia da Silva, em 1955; a estruturação de um Serviço de Estudos, a partir de 1973, bem como mais recentemente os congressos e simpósios teológico-pastorais, a partir de 1992, anuais desde 2009.
O padre Carlos Cabecinhas recordou também que a relação com a Pontifícia Academia Mariana Internacional “não é nova” e já no Cinquentenário das Aparições, em 1967, Portugal recebeu a quinta edição do evento.
A Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima acolheu a sessão de abertura, que teve transmissão em direto no sítio online do Santuário.
CB/OC
