Igreja: Congresso internacional vai assinalar 100 anos da chegada das Irmãs da Apresentação de Maria à Ilha da Madeira

José Eduardo Franco apresenta iniciativa «Educação, Solidariedade e Evangelização: Da Europa para a Madeira, da Madeira para o Mundo», que se realiza entre 7 e 11 de julho do próximo ano, no Funchal

Foto: Centro de Estudos Globais

Lisboa, 22 out 2024 (Ecclesia) – O centenário da chegada da Irmãs da Apresentação de Maria à Ilha da Madeira vai ser celebrado com um congresso internacional, que se realiza no próximo ano, entre os dias 7 e 11 de julho, no Pestana Casino Park, no Funchal.

“Educação, Solidariedade e Evangelização. Da Europa para a Madeira, da Madeira para o Mundo” é o nome da iniciativa, apresentada por José Eduardo Franco, responsável pela comissão científica internacional do congresso, no programa Ecclesia, transmitido hoje, na RTP2.

Em cima da mesa vão estar a história, o contexto em que a congregação se implantou, se foi afirmando e desenvolvendo a sua ação, bem como o contexto político e social e a relação com a Igreja e com as sociedades onde se inseria.

O papel educativo da congregação também vai estar sob análise, procurando olhar o passado e o presente e apontar ao futuro.

“Este congresso vai reunir um conjunto de especialistas que vão não só falar do passado, mas também das grandes problemáticas e desafios e perspetivas da educação no presente. Não só no contexto daquilo que são as instituições educativas da congregação das Irmãs da Apresentação de Maria, mas também no contexto daquilo que é a missão educativa da igreja, através dos seus colégios, das suas escolas”, afirmou José Eduardo Franco.

O congresso internacional vai contar com especialistas de vários quadrantes, em termos universitários, e será aberto a comunicações autopropostas.

“Se houver algum investigador, algum professor que tenha desenvolvido uma investigação interessante ou queira desenvolver, pode apresentar-se para ser considerado no programa do congresso, depois naturalmente avaliado pela Comissão Científica, se tiver pertinência”, informa o entrevistado.

José Eduardo Franco explica que o congresso será acreditado como ação de formação para professores, falando numa mais-valia também para os agentes pastorais que se interessam “por estas questões e que têm atividade na igreja”.

A congregação das Irmãs da Apresentação de Maria foi fundada por Maria Rivier, em França, no final do século XVIII, no contexto da revolução francesa, contextualiza o entrevistado, consolidando-se no meio de hostilidades e perseguições.

“Como sabemos o século XIX foi um século na Europa muito anticlerical e muito anti congreganista contra as ordens e congregações, marcado por várias perseguições e expulsões, como aconteceu também em Portugal, entre o século XVIII, XIX até a Primeira República”, desenvolve.

Em Portugal, José Eduardo Franco dá conta que as Irmãs da Apresentação de Maria são fundadas “quando as ordens e congregações estavam proibidas”: “Tinham sido expulsas pela Primeira República e havia uma lei que proibia a existência, a fundação e a permanência de ordens e congregações em Portugal”.

“É uma ordem de liderança feminina e que acabam por se afirmar de uma forma extraordinária, como aliás acontece muito no século XIX, e é um século que eu considero o boom das congregações religiosas, especialmente as femininas, que começam cada vez mais a optar por uma dimensão apostólica, porque até então as ordens religiosas femininas eram mais vocacionadas para a vida contemplativa”, refere.

A congregação das Irmãs da Apresentação de Maria celebra no próximo ano 100 anos da chegada a Portugal e atualmente está presente em 20 países do mundo.

PR

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Agência ECCLESIA

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