Ismael José Mendes Marta sublinha oportunidade de contactar mais de perto com esta realidade eclesial
Lisboa, 14 nov 2014 (Ecclesia) – A 185.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) confirmou a nomeação de um novo diretor do Secretariado Geral do organismo, uma “realidade nova” para Ismael José Mendes Marta.
“É sempre uma realidade nova o que para mim é motivo de muita alegria. É uma oportunidade de crescimento e sobretudo de fascínio por estar tão perto e trabalhar num serviço da Igreja”, revelou hoje à Agência ECCLESIA.
A escolha de um leigo para diretor do Secretariado Geral da CEP, na opinião do próprio é “sempre muito bom”, no sentido de aproximar os leigos da realidade da Igreja.
Segundo Ismael José Mendes Marta, as suas funções para além da “coordenação” inerente do “serviço do Secretariado Geral” incluem também sempre que “for útil e necessário” a assessoria do secretário-geral da CEP.
O padre Manuel Barbosa explica que habitualmente a escolha do diretor do Secretariado Geral da CEP “tem sido um padre”, mas nem o “regulamento” nem os “estatutos” indicam essa obrigação.
Por isso, houve uma proposta para ser uma pessoa “qualificada neste tipo de trabalho” e coincidiu em ser um leigo “com experiência” neste tipo de trabalho com várias inerências para “coadjuvar com secretário da Conferência Episcopal Portuguesa”.
O secretário da CEP destacou que a escolha de Ismael José Mendes Marta é uma dupla novidade por ser leigo e ser jovem, o que é “uma vantagem com todo o seu dinamismo, competência e discrição”.
“Claro que implica mudança até de mentalidade nalguns casos”, observa o padre Manuel Barbosa, que acrescenta que a nomeação foi “muito bem aceite”.
A primeira experiência do novo diretor do Secretariado Geral foi na preparação 185.ª Assembleia Plenária ordinária da Conferência Episcopal Portuguesa, que terminou esta quinta-feira.
“Foi muito boa, bem apreciada e para mim foi um gosto tê-lo na parte prática da assembleia que é preciso executar”, acrescenta o padre Manuel Barbosa.
O secretário da CEP contextualiza ainda a escolha de um leigo com o exemplo do seu próprio cargo que em Portugal é “desde há seis anos” assumido por um padre, quando habitualmente a função era desempenhada por um bispo.
“A mudança tem a ver por esta missão própria que os leigos podem ser chamados. Esta é uma delas e é importante porque é discreta mas é muito útil no serviço eclesial da Igreja”, concluiu o padre Manuel Barbosa.
CB/OC