Igreja: Comunidade de Mansores construiu um «Terço da Esperança» num vale agrícola, apontando à JMJ 2023

Paróquia da Diocese do Porto convidou habitantes a uma oração diferente, no mês que é particularmente dedicado à Virgem Maria

Arouca, 19 mai 2021 (Ecclesia) – A Paróquia de Mansores, na Diocese do Porto, está a dinamizar a oração do ‘Terço da Esperança’, num vale agrícola onde se construiu uma estrutura que convida a caminhar até à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023.

“A mensagem no terço da Jornada Mundial da Juventude passa por ser um caminho onde todos vamos encontrar-nos em Lisboa e queremos que este terço seja um caminho que se percorre e que, simbolicamente, o caminho para as jornadas também passe por aqui”, disse hoje o padre Luís Mário em declarações à Agência ECCLESIA.

O pároco de Santa Cristina de Mansores, no Arciprestado Arouca – Vale de Cambra, contextualizou que o Secretariado Diocesano da Juventude do Porto e a organização da JMJ Lisboa 2023 convidaram a rezar o terço, neste mês mariano de maio, e quiseram fazer essa ligação.

“Todas as casinhas, que correspondem a uma ave-Maria, têm um trabalho feito pela juventude da paróquia, da catequese, e outros movimentos – as frases, os textos, as ilustrações, meditações -, e está interligado com o terço da jornada”, explicou.

Lúcia Silva, uma das coordenadoras do Grupo de Jovens de Mansores, refere que os organizadores fizeram cartazes com o símbolo da JMJ, para além de participare no terço todos os dias.

“Estarmos a rezar pela Jornada da Juventude é importante porque cativa muitas pessoas, o convívio, e estarmos em oração com textos jovens, atuais, que são para nós. É bom para os jovens que participam e vivem para sentirem-se integrados”, desenvolveu a jovem, de 25 anos, em declarações à Agência ECCLESIA.

Lúcia Silva observa que, “cada vez mais é difícil trazer os jovens para a paróquia” e é preciso ter “iniciativas diferentes” para conseguir cativá-los, por isso, na caminhada para a JMJ Lisboa 2023 vão também “chamar os jovens mais novos” e começar a dinamizar encontros com os que estão no 9.º e 10.º ano de catequese que “vão ter idade para participar na jornada”.

O Grupo de Jovens de Mansores tem cerca de 20 elementos e a maior esperança que o padre Luís Mário tem para eles é que “possam ser agora e no futuro cristãos ativos” e, como sonho, que “o sonho de cristão nunca morra, nem que comece a enfraquecer”, o sonho de ser verdadeiro cristão e verdadeiro filho de Deus “e trabalhar em prol do próximo”.

O sacerdote explica que o ‘Terço da Esperança’ gigante, com cerca de 350 metros, construído num vale agrícola, é uma iniciativa da “comunidade no seu todo”, não é da paróquia, nem da junta de freguesia, mas várias entidades que trabalharam juntas.

Segundo o padre Luís Mário, este ano, sentiram a necessidade de existir uma “interação do terço com as pessoas”, com os paroquianos e todos que queiram visitar.

“Essa é a razão do terço que é visitável, podemos entrar dentro do terço e vivê-lo, fazer parte dele”, salientou.

A comunidade paroquial recita o terço todos os dias, até sexta-feira, às 20h30, e vai celebrar uma Eucaristia de encerramento desta iniciativa, animada pelo Grupo de Jovens de Mansores, no próximo domingo, a partir das 17h00, também no terreno agrícola.

“A adesão supera o que inicialmente pensava, é diferente e, muitas vezes, a recitação do terço é uma oração muito igual e ali marcamos a diferença. As pessoas rezam o terço e depois vão fazer a visita. Existe a possibilidade de rezar parados e a caminhar, um caminho cristão e também para a jornada”, desenvolveu.

O pároco de Santa Cristina de Mansores lembra estão limitados no tempo porque o agricultor precisa do campo livre para “o cultivo do milho”, por exemplo, e o terço vai ser desmontado na segunda-feira.

“Está aberto todos os dias, tem sempre música ambiente dedicada a Nossa Senhora para ter espirito acolhedor. O nosso objetivo é que seja espaço de oração”, adiantou ainda o padre Luís Mário, realçando que o ‘Terço da Esperança’ foi construído com “rede de sombra”, por isso, “não é uma estufa”.

“Queremos transmitir que mesmo em pandemia há sempre uma esperança, e na virtude teologal, a esperança e a caridade. E Nossa Senhora também faz parte desta esperança e esperamos que interceda por nós junto do seu filho, que nos livre desta pandemia e nos dê força para continuarmos a ser cristãos ativos”, concluiu.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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