Igreja: Comunidade africana em Portugal peregrina ao Santuário de Fátima

Lisboa, 04 ago 2018 (Ecclesia) – A Capelania das Comunidades Católicas Africanas de Lisboa promove hoje a peregrinação da comunidade africana em Portugal a Fátima, com o tema ‘A Virgem Maria, mãe do amor formoso’ e um programa de oração, encontro e convívio.

“Fátima é um sítio que tocou o coração de cada pessoa e fazendo parte do país, a Igreja é una, queremos em cada ano fazer esta adoração junto da Santíssima Virgem Maria”, explicou o padre Andrew Prince, em declarações à Agência ECCLESIA.

‘A Virgem Maria, mãe do amor formoso’ é o tema da peregrinação que a Capelania das Comunidades Católicas Africanas de Lisboa dinamiza ao Santuário de Fátima, onde os participantes vão rezar para que possam transmitir aos outros as “qualidades e virtudes” de Nossa Senhora.

O capelão destaca que os emigrantes querem “aplicar” esse “amor que Nossa Senhora deu ao filho” na vida, “particularmente as mães na educação dos filhos”.

“Na minha tribo é a mãe que controla tudo, podemos chamar a chefe de família. Como o pai vai estar a trabalhar fora de casa, a mãe tem de organizar a casa, ver a educação dos filhos, o seu comportamento”, contextualiza o padre Andrew Prince.

O programa da peregrinação ao santuário mariano da Cova da Iria proporciona diversos momentos de encontro, celebração e comemoração, com diversas liturgias, como lhes chama o missionário Espiritano: “Depois da Missa é liturgia da barriga e a liturgia dos pés.”

Aos participantes é pedido que “até às 10h30 estejam todos em Fátima” para às 11h00 darem início ao encontro com a saudação a Nossa Senhora na Capelinha das Aparições.

Depois, reúnem-se junto à estátua do Papa São João Paulo II, “com bandeiras de cada país e música própria”, para saírem em procissão solene para a Basílica da Santíssima Trindade.

A Eucaristia vai ser presidida por D. Augusto César, bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco, a partir das 12h30.

Segundo o padre Andrew Prince a liturgia da celebração é “normal, nada muda”, mas “leva algum tempo”, ou seja, entre 1h30 a 2 horas com vários momentos solenizados com danças, como “na entronização da Palavra” onde as pessoas vão a dançar entregar o Evangelho, ou no ofertório.

Na tarde cultural e de confraternização, depois do almoço partilhado no parque 11, cada nacionalidade deve apresentar, por exemplo, um teatro ou uma dança, até às 17h00, quando a peregrinação “acaba com oração”.

“A importância para nós é sentir este ambiente da família. Queremos neste momento estar juntos, rezar juntos, fazer convívio toda a tarde, dançar, é um lado muito importante”, comenta o sacerdote.

A peregrinação da comunidade africana em Portugal ao Santuário de Fátima mobiliza entre “três a cinco mil pessoas de várias partes do país”, para além de Lisboa, como Porto, Braga, Viana do Castelo.

O sacerdote realça ainda que em 2019 vão celebrar as “bodas de prata” deste encontro que não é só para os africanos mas “é para toda a comunidade”.

A capelania dos africanos insere-se no apoio dos Missionários Espiritanos aos imigrantes desde os inícios dos anos 80.

Com o decorrer dos anos e com o fluxo imigratório em Portugal sentiu-se a necessidade duma reorganização da atividade pastoral junto dos imigrantes.

SN/CB/OC

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Agência ECCLESIA

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